sábado, 4 de outubro de 2014

Mensagem do Dia

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Doar-se livremente a Deus



“Eu dou minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la; este é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10,17-18).

O Senhor nos chama a doar a vida inteiramente, mesmo com as nossas fraquezas e limitações, que são marcas do pecado. Como Ele se doou nos também somos chamados a entregar a nossa vida livremente pelo Reino de Deus.

Deus nos conhece e sabe das nossas fragilidades, peçamos hoje ao Bom Pastor que nos conduza com paciência e misericórdia nos levando a verdadeira liberdade.

“Mostra-me, Senhor, o teu caminho, para eu caminhar na tua verdade; faze que meu coração tema só o teu nome” (Sl 86,11).

Jesus, eu confio em Vós!



Santo do Dia

04 outubro de 2014

São Francisco de Assis, o santo que desposou a pobreza


São Francisco de Assis 

Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.
Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.
Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.
Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.
Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.
São Francisco de Assis, rogai por nós!



Homilia do Dia

A salvação está em Jesus, não em preceitos humanos, diz Papa



Francisco fez uma homilia sobre a resistência à salvação trazida por Jesus
Da Redação, com Rádio Vaticano
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Francisco alerta para o fato de que, muitas vezes, o homem quer ditar as regras da salvação / Foto: L’Osservatore Romano
O único desejo de Deus é salvar a humanidade, mas o problema é que, com frequência, o homem quer ditar as regras da salvação. Foi a este dilema que o Papa Francisco dedicou a homilia da Missa celebrada nesta sexta-feira, 3, na capela da Casa Santa Marta.
Francisco aprofundou o tema partindo do trecho do Evangelho em que Jesus expressa todo o seu desprazer ao ver-se hostilizado por sua própria gente, pelas cidades que viram as costas para a sua mensagem. “Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo teriam se convertido”, disse Jesus aos de Corazim e Betsaida.
Nessa comparação, observou o Papa, se resume toda a história da salvação. Assim como rejeitaram e mataram os profetas antes dele, “porque eram incômodos”, estavam fazendo o mesmo com Jesus. “É o drama da resistência em ser salvo”, provocado pelos líderes do povo.
“É justamente a classe dirigente aquela que fecha as portas ao modo com o qual Deus quer nos salvar. E assim se entendem os diálogos de Jesus com a classe dirigente do seu tempo: brigam, colocam-no à prova, pregam armadilhas para ver se cai, porque é a resistência em ser salvo. Jesus diz a eles: ‘Mas eu não os compreendo! Vocês são como aquelas crianças: tocamos a flauta e não dançaram; cantamos uma lamentação e não choraram. Mas o que querem?’; ‘Queremos fazer a salvação do nosso modo!’. É sempre este fechamento ao modo de Deus”.

.: Outras homilias do Papa Francisco

Essa é uma atitude que o Papa Francisco difere daquela do “povo crente” que, segundo ele, entende e aceita a salvação trazida por Jesus. Salvação que, ao contrário, para os líderes do povo se reduz essencialmente à realização dos 613 preceitos criados, afirma o Papa, pela “febre intelectual e teológica deles”.
“Eles não acreditam na misericórdia e no perdão: acreditam em sacrifícios. Misericórdia eu quero, e não sacrifício. Eles acreditam em tudo ajustado, bem arrumado, tudo claro. Este é o drama da resistência à salvação. Também cada um de nós tem esse drama. Mas nos fará bem nos perguntarmos: como eu quero ser salvo? Do meu jeito? Do modo de uma espiritualidade, que é boa, que me faz bem, mas que é fixa, tem tudo claro e não há nenhum risco? Ou do modo divino, isto é, no caminho de Jesus, que sempre nos surpreende, sempre abre as portas para o mistério da Onipotência de Deus, que é a misericórdia e o perdão?”.
Segundo o Santo Padre, faz bem pensar que esse drama está presente no coração. É bom, disse, refletir sobre isso, em especial quando acontece de se confundir “liberdade com autonomia”, de escolher a salvação que se acredita ser a adequada.
“Eu creio que Jesus é o Mestre que nos ensina a salvação ou vou a todos os lugares para alugar um guru que me ensine outra? Um caminho mais seguro ou me refugio sob o teto das prescrições e dos muitos mandamentos feitos por homens? E então eu me sinto seguro com isso – é um pouco difícil dizer isso:  segurança –, compro a minha salvação, que Jesus dá de graça com a gratuidade de Deus? Vão nos fazer bem hoje essas perguntas. E a última: eu resisto à salvação de Jesus?”.

Reforma da Igreja Matriz

Igreja Matriz de São Sebastião Caraúbas-Rn


E Assim Andam a Reforma da Nossa Igreja Matriz,Mais um Passo Foi Dado o Teto Ja Ta Quase Todo Colocado...E Voce Que Ainda não nos Ajudou nos Ajude:
Agência Banco do Brasil - Caraúbas/RN: 1038-3
Conta Poupança: 4020-7 (variação: 96)

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Faça já a sua doação com amor e dedicação para esta obra do Senhor! que será de grande importância para a reforma da Igreja Matriz de São Sebastião.

Jesus, eu confio em vós!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Os Protomártires do Brasil

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Os Protomártires do Brasil

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História: Em 16 de junho de 1645, Padre André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama, localizado a Zona Agreste do Rio Grande do Norte. Por seguirem a religião católica, tiveram que pagar com a própria vida o preço da fé, por causa da intolerância calvinista dos invasores.
Quatro meses depois, em 03 de Outubro de 1645, aconteceu outro martírio, onde 80 pessoas foram mortas por holandeses, entre elas,  o Padre Ambrósio Francisco Ferro, que com os fiéis confiados a si, manteve a firmeza na fé, e o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Este morticínio aconteceu no Engenho de Uruaçu. Hoje chama-se Comunidade Uruaçu na área do município de São Gonçalo do Amarante – a 18 km de Natal, litoral do RN.
Processo de Beatificação: Segundo o Postulador da Causa dos Mártires, Mons. Francisco de Assis Pereira, “a memória dos servos de Deus sacrificados em Cunhaú e Uruaçu, em 1645, permaneceu viva na alma do povo potiguar, que os venera como enclíticos defensores da fé católica”. O processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé, no dia 16 de junho de 1989. Em 21 de dezembro de 1998, o Papa João II assinou o Decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos. Monsenhor Assis acompanhou o processo de beatificação junto ao Vaticano, por mais de dez anos, reunindo documentos em pesquisas realizadas em Portugal, Holanda e no Brasil. Deste material resultou o livro Protomártires do Brasil, de sua autoria, lançado no final de 1999.
Beatificação aconteceu no Vaticano: A celebração de Beatificação aconteceu na pe-ambrosio-francisco-ferro.jpgPraça de São Pedro, no Vaticano, dia 5 de março de 2000, presidida pelo Santo Padre João Paulo II. Cerca de mil brasileiros participaram da celebração. Durante a Santa Missa, João Paulo II pronunciou sua homilia em italiano, português, polonês, francês e inglês. O Papa fez a seguinte reflexão em português: “São estes os sentimentos que invadem nossos corações, ao evocar a significativa lembrança da celebração dos quinhentos anos da evangelização no Brasil, que acontece este ano.
Naquele imenso País, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da igreja foi se afirmando lentamente mediante a ação missionária de várias ordens e congregações religiosas e de sacerdotes do clero diocesano. Os mártires, que hoje são beatificados, saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, do Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro – presbíteros e 28 companheiros leigos pertencem a esta geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil. Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: ‘Louvado seja o Santíssimo Sacramento'”.
Segundo Postulador da Causa de Beatificação, Mons. Francisco de Assis Pereira, a data escolhida pela celebração dos Protomártires será 03 de outubro – data de aniversário do morticínio de Uruaçu. Segundo ele, provavelmente, a CNBB vai pedir à Santa Sé para estender esta festa para todo o Brasil, e não somente para a Arquidiocese de Natal.
beato-mateus-moreira.jpgO termo Protomártires: Segundo o Mons. Assis Pereira, os mártires de Cunhaú e Uruaçu foram chamados de Protomártires do Brasil, pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. “Isto porque são os primeiros que derramaram o sangue pela fé em nossa Pátria, tendo o seu martírio reconhecido oficialmente pela Igreja”, disse o Monsenhor. Ele foi nomeado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – como responsável pela organização do Martirológio da Igreja no Brasil.
Monumento lembra os Protomártires: Em Uruaçu, local onde outros mártires tiveram suas vidas barbaramente ceifadas, no município de São Gonçalo do Amarante – RN, foi construído um monumento para grandes celebrações e romarias, em parceria com o Governo do Estado. A inauguração ocorreu aos 02 de dezembro de 2000, com a presença do Governador do Estado, Garibaldi Alves Filho; do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugênio Sales; do Arcebispo de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales; bispos do Regional Nordeste 2; padres e cerca de 12 mil fiéis.
Livros publicados sobre o tema: Ao longo dos 363 anos que separam a data do morticínio de Cunhaú e Uruaçu e o atual momento histórico do Brasil, historiadores, jornalistas e escritores têm feito referências ao acontecimento. Nos últimos anos, porém, três livros merecem destaque pela profundidade com que tratam o assunto: Protomártires do Brasil, do Postulador da Causa dos Mártires junto ao Vaticano, Monsenhor Francisco de Assis Pereira; Terras de Mártires, da jornalista Auricéia Antunes de Lima, e Mártires de Cunhaú e Uruaçu, do Padre Eymard L’E. Monteiro.
Saiba mais sobre os Protomártires do Brasil:

Homilia da Missa de Beatificação celebrada pelo Santo Padre João Paulo II

HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
NA MISSA
DE BEATIFICAÇÃO DE 44 SERVOS DE DEUS
Domingo, 5 de Março de 2000

1. "Louvo-te, meu Deus Salvador, glorificando o teu nome porque... foste o meu apoio e me libertaste" (Eclo 51, 1-2).
Tu, Senhor, foste o meu apoio! Sinto ressoar no coração estas palavras do Livro de Ben Sirá, enquanto contemplo os prodígios que Deus realizou na existência destes irmãos e irmãs na fé, que conquistaram a palma do martírio. Hoje tenho a alegria de os elevar à honra dos altares, apresentando-os à Igreja e ao mundo como um luminoso testemunho do poder de Deus na fragilidade da pessoa humana.
Tu, Deus, libertaste-me! Assim proclamam André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro e 28 Companheiros, Sacerdotes diocesanos, leigos e leigas; Nicolau Bunkerd Kitbamrung, Sacerdote diocesano; Maria Stella Adelaide Mardosewicz e 10 coirmãs, Religiosas professas da Congregação da Sagrada Família de Nazaré; Pedro Calugsod e André de Phú Yên, Leigos catequistas.
Sim, o Omnipotente foi o seu válido sustento no período da prova e agora experimentam a alegria da recompensa eterna. Estes dóceis servos do Evangelho, cujos nomes estão inscritos para sempre no céu, não obstante tenham vivido em momentos históricos distantes entre si e em contextos culturais muito diversos, são associados por uma idêntica experiência de fidelidade a Cristo e à Igreja. O que os une é a mesma e incondicional confiança no Senhor, e a mesma e profunda paixão pelo Evangelho.
Louvo-te, meu Deus Salvador! Com a oferta da sua vida pela causa de Cristo estes novos Beatos, os primeiros do Ano jubilar, proclamam que Deus é "Pai" (cf. ibid., v. 10), é "protector" e "ajuda" (ibid., v. 2); é o nosso Salvador, que acolhe a súplica de quantos confiam n'Ele de todo o coração (ibid., v. 11).
2. São estes os sentimentos que invadem o nosso coração, ao evocarmos a significativa lembrança da celebração dos 500 Anos da Evangelização do Brasil, que acontece neste ano. Naquele imenso País, não foram poucas as dificuldades de implantação do Evangelho. A presença da Igreja foi-se afirmando lentamente, mediante a obra missionária de várias Ordens e Congregações religiosas e de Sacerdotes do clero diocesano. Os mártires que hoje são beatificados saíram, no fim do século XVII, das comunidades de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte. André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Presbíteros, e 28 Companheiros leigos pertencem a essa geração de mártires que regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração dos novos cristãos. Eles são as primícias do trabalho missionário, os Protomártires do Brasil. A um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração pelas costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".
Hoje, uma vez mais, ressoam aquelas palavras de Cristo, evocadas no Evangelho: "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma" (Mt 10, 28). O sangue de católicos indefesos, muitos deles anónimos crianças, velhos e famílias inteiras servirá de estímulo para fortalecer a fé das novas gerações de brasileiros, lembrando sobretudo o valor da família como autêntica e insubstituível formadora da fé e geradora de valores morais.
3. "Vou louvar para sempre o teu Nome e cantar-te hinos de agradecimento" (Eclo 51, 10). A vida sacerdotal do Padre Nicolau Bunkerd Kitbamrung foi um autêntico hino de louvor ao Senhor. Como homem de oração, o Padre Nicolau sobressaiu da doutrina da fé, na busca de quem estava desorientado e na caridade para com os pobres. Enquanto procurava constantemente tornar Cristo conhecido àqueles que nunca ouviram o Seu nome, o Padre Nicolau enfrentou as dificuldades da missão nas montanhas e na Birmânia. Todos conheciam o vigor da sua fé, quando ele perdoou as pessoas que falsamente o acusavam, privando-o da liberdade e causando-lhe mil sofrimentos. Na prisão, o Padre Nicolau encorajou os seus companheiros de cela, ensinou o catecismo e administrou os sacramentos. O seu testemunho de Cristo exemplificou as palavras de São Paulo: "Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por qualquer obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados. Sem cessar e por toda a parte levamos no nosso corpo a morte de Jesus, a fim de que também a vida de Jesus se manifeste no nosso corpo" (2 Cor 4, 8-10). Através da intercessão do Beato Nicolau, a Igreja na Tailândia seja abençoada e revigorada no trabalho de evangelização e de serviço.
4. Deus foi verdadeiro "apoio e protecção" também para as mártires de Nowogródek, a Beata Maria Stella Mardosewicz e 10 coirmãs, Religiosas professas da Congregação da Sagrada Família de Nazaré. Ele ajudou-as durante toda a vida e depois no momento da terrível provação, quando esperaram a morte a noite inteira; foi-o sobretudo ao longo do caminho rumo ao lugar de execução e, por fim, ao instante do fuzilamento.
Onde é que elas encontraram a força para se entregarem a si mesmas em troca da salvação dos condenados à prisão de Nowogródek? Onde hauriram a audácia para aceitar com coragem a condenação a uma morte tão cruel e injusta? Deus tinha-as preparado lentamente para esse momento da maior prova. A semente da graça lançada no dia do santo Baptismo e depois cultivado com grande cuidado e responsabilidade, afundou as raízes e deu o fruto mais belo, que é o dom da vida. Cristo disse: "Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos" (Jo 15, 13). Sim, não há amor maior do que este: estar pronto a dar a vida pelos irmãos.
Agradeço-vos, ó Beatas mártires de Nowogródek, o testemunho do amor, o exemplo de heroísmo cristão e a confiança na força do Espírito Santo. "Foi Cristo que vos escolheu e destinou para dardes fruto na vossa vida e para que o vosso fruto permaneça" (cf. Jo 15, 16). Sois a maior herança da Congregação da Sagrada Família de Nazaré. Sois a herança da inteira Igreja de Cristo para todos os tempos!
5. "Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, também Eu darei testemunho dele perante o meu Pai que está no céu" (Mt 10, 32). Desde a sua infância, Pedro Calugsod declarou-se inabalavelmente em favor de Cristo e respondeu com generosidade à sua chamada.
Os jovens de hoje podem haurir encorajamento e força do exemplo de Pedro, cujo amor a Jesus o inspirou a consagrar os anos da sua juventude à doutrina da fé como leigo catequista. Deixando a família e os amigos, Pedro aceitou de bom grado o convite que o Padre Diego de San Vitores lhe propusera, de partir com ele para a missão junto dos Chamorros. Num espírito de fé, caracterizado pela vigorosa devoção eucarística e mariana, Pedro assumiu o exigente trabalho que se lhe pedira, enfrentando com coragem os inumeráveis obstáculos e dificuldades que encontrava. Diante do perigo iminente, Pedro não abandonou o Padre Diego mas, como um "bom soldado de Cristo", preferiu morrer ao lado do missionário. Hoje, o Beato Pedro Calugsod intercede pelos jovens, em particular por aqueles da sua pátria filipina, enquanto os desafia. Jovens amigos, não hesiteis em seguir o exemplo de Pedro, que "agradou a Deus, e Deus amou-o" (Sb 4, 10) e, tendo alcançado a perfeição em tão breve tempo, viveu uma vida plena (cf. ibid., v. 13).
6. "Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, também Eu darei testemunho dele perante o meu Pai que está no céu" (Mt 10, 32). André de Phú Yên, no Vietnã, fez suas estas palavras do Senhor com uma intensidade heróica. Desde o dia em que recebeu o Baptismo, quando tinha 16 anos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma profunda vida espiritual. No meio das dificuldades, às quais se submetem as pessoas que aderem à fé cristã, viveu como fiel testemunha de Cristo ressuscitado, anunciando incessantemente o Evangelho aos seus irmãos no seio da associação de catequistas denominada "Casa de Deus". Por amor ao Senhor, dedicou todas as forças ao serviço da Igreja, assistindo os sacerdotes na sua missão e perseverando até à dádiva do próprio sangue, para permanecer fiel ao amor d'Aquele que se tinha consagrado totalmente. As palavras que repetia, ao caminhar com decisão ao longo da via do martírio, são a expressão daquilo que animava toda a sua existência: "Paguemos o amor com o amor ao nosso Deus, e a vida com a vida".
Hoje o Beato André, Protomártir do Vietnã, é apresentado como modelo à Igreja do seu País. Todos os discípulos de Cristo encontrem nele a força e o apoio na provação, tendo o cuidado de confirmar a sua intimidade com o Senhor, o seu conhecimento do mistério cristão, a sua fidelidade à Igreja e o seu sentido de missão!
7. "Não tenhais medo!" (Mt 10, 31). Este é o convite de Cristo. Esta é também a exortação dos novos Beatos, que permaneceram firmes no seu amor a Deus e aos irmãos inclusive no meio das provas. O convite apresenta-se-nos como um encorajamento no Ano jubilar, tempo de conversão e de profunda renovação espiritual. Não nos atemorizem as provações e as dificuldades; não nos desanimem os obstáculos ao fazermos opções corajosas e coerentes com o Evangelho!
O que podemos temer, se Cristo está connosco? Por que duvidar, se permanecemos ao lado de Cristo e assumimos o compromisso e a responsabilidade de ser seus discípulos? A celebração do Jubileu nos consolide nesta decidida vontade de seguir o Evangelho. Os novos Beatos servem-nos de exemplo e oferecem-nos a sua ajuda.
Maria, Rainha dos Mártires, que aos pés da Cruz compartilhou até ao fim o sacrifício do Filho, nos sustenha no corajoso testemunho da fé!

Santo do Dia

Protomártires do Brasil


Protomártires do Barsil

Dentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o Pe. Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros.
No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.
Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.
A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.
Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heróica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus.
Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.
Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.
Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.
Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.
A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados.
Protomártires do Brasil, rogai por nós!

Homilia do Dia

Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para a sua família! Implore a bênção de Deus sobre a sua casa para que nenhum dos seus pereça.
Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10, 16).
A Palavra de Deus hoje nos apresenta Jesus sentenciando, de uma forma bem dura, as cidades que O desprezaram e não O acolheram. Não é que Jesus esteja maldizendo estas cidades, mas são as próprias cidades Corazim e Betsaida que não se abrem para acolher a salvação que ali chega.
E deixe-me lhe dizer: onde a bênção não está o mal tende a crescer; onde a bênção e a graça são rejeitadas, a semente do mal tende ali depois a crescer e a produzir frutos. E você sabe o que são os frutos estragados e os frutos malditos.
Nós olhamos ao nosso redor e vemos que, muitas vezes, cidades, casas, famílias inteiras parecem ser amaldiçoadas. E por que pensamos assim? Ninguém pode amaldiçoar ninguém, contudo, alguém pode rejeitar a bênção, pode rejeitar a graça, e onde a graça não é aceita e acolhida a desgraça pode bater à porta.
A Palavra de Deus hoje nos chama primeiro a nos convertermos. E converter significa acolher a Palavra de Deus, porque não há maldição, não há desgraça maior do que rejeitarmos a Deus e à Sua Palavra e vivermos a condenação eterna por não mudarmos de vida.
Não deixe que a sua casa, o lugar onde você mora; não deixe que a sua cidade, o lugar onde você vive, seja uma cidade perdida e amaldiçoada! Basta que na sua casa haja um justo, basta que na sua cidade haja alguém que busque a Deus de todo o coração. Por isso se penitencie pelos pecados e pelos males que foram feitos nessa casa e nessa família, para implorar a bênção e a graça de Deus.
Deus não recusa a Sua graça e a Sua bênção a ninguém e a lugar nenhum! Mas é verdade que pessoas, que lugares e que situações rejeitam a graça de Deus, menosprezam e desprezam a Sua graça. Há lugares onde o nome de Deus é caçoado e as coisas d’Ele são rejeitadas, por essa razão os frutos que são colhidos nesses lugares são os mais negativos possíveis.
Implore a bênção de Deus, a graça d’Ele sobre a sua casa, sobre a sua família; não deixe nenhum dos seus perecerem pelo mal; invoque o bem sobre eles. Ainda que na sua casa haja pessoas que possam rejeitar ou ainda sejam indiferentes à Palavra de Deus, seja o portador da graça, seja o portador da bênção, seja ali, aquele canal à dissipar a força do mal aonde este queira chegar ou bater à porta.
Onde existe um abençoado, onde existe um agraciado, onde há uma pessoa que se abre ao amor de Deus, ali o mal não planta raízes. O lugar, a cidade, a casa e a família em que ninguém se abre à graça de Deus são maus. Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para os seus!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

Mensagem do Dia

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Doar-se livremente a Deus

“Eu dou minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la; este é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10,17-18).
O Senhor nos chama a doar a vida inteiramente, mesmo com as nossas fraquezas e limitações, que são marcas do pecado. Como Ele se doou nos também somos chamados a entregar a nossa vida livremente pelo Reino de Deus.
Deus nos conhece e sabe das nossas fragilidades, peçamos hoje ao Bom Pastor que nos conduza com paciência e misericórdia nos levando a verdadeira liberdade.
“Mostra-me, Senhor, o teu caminho, para eu caminhar na tua verdade; faze que meu coração tema só o teu nome” (Sl 86,11).
Jesus, eu confio em Vós!



 
Formação

Recuperação

Como ajudar um dependente químico

No primeiro estágio da dependência química, a pessoa não considera ruim o uso que faz dos entorpecentes. Então, como ajudá-la?
A vida acontece num processo contínuo; é movimento, é mudança. E as pessoas, para mudar, precisam se sentir prontas e decididas pela transformação. O modelo dos estágios de mudança (a pré-contemplação, a contemplação, a preparação, a ação, a manutenção e a recaída) é uma das muitas formas usadas no tratamento da saúde mental para dispor ou preparar alguém para a transformação.
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De modo geral, há cinco princípios norteadores para a abordagem motivacional:
1. Expressar empatia – Por meio de uma escuta reflexiva, você acolhe e compreende o ponto de vista do outro sem necessariamente concordar com ele. Frases como “entendo o que você diz” ou “partindo do seu ponto de vista” são valiosos instrumentos a serem usados nesse princípio.
2. Desenvolver a discrepância – Mostre a diferença entre seu comportamento, suas metas e o que ele pensa que deveria fazer para alcançá-las. Em meu consultório, costumo usar a figura do “caminho”, ilustrando onde ele está agora, aonde quer chegar, qual o melhor trajeto a percorrer para atingir o ponto de chegada.
3. Evitar a confrontação – A pessoa deve ser sempre “convidada a pensar sobre o assunto”. Faça uso de perguntas como: O que você pensa sobre isso? Podemos pensar juntos em um plano de mudanças de hábito?
4. Lidar com a resistência – Aquele que precisa de nossa ajuda pode resistir às sugestões ou propostas que você fizer. Seja compreensivo e aguarde vir dele a decisão de quando e como mudar. Forneça informações que o ajude a considerar novas e diferentes alternativas. Exemplificando, ao abordar alguém que faz uso abusivo ou nocivo de álcool, esclareço sobre os danos do consumo de alto risco, as doses de bebidas consideradas seguras pelos especialistas e a diferença no teor de álcool que cada bebida contém. Aguardo que ele me interrogue: O que fazer e como parar?
5. Fortalecer a autoeficácia – Este princípio está relacionado à motivação da fé que a pessoa tem em si mesma, em sua capacidade de mudança. Encorajar e estimular cada passo são atos importantes para que ela se sinta fortalecida e permaneça firme no decorrer do caminho.
Após nos aprofundarmos nesses princípios, vamos refletir sobre o primeiro estágio, que é a pré-contemplação. Nele, a pessoa não considera ruim o uso que faz da substância. É aquele usuário feliz que não vê seu comportamento como um risco para a sua saúde, de seus familiares e da sociedade. O que fazer nesse estágio? A informação aqui ainda é o melhor instrumento a ser utilizado. Conscientizemos e esclareçamos sem nos impor. Deixemos o primeiro passo partir dele. Depois, façamos recomendações ou sugiramos estratégias para reduzir ou cessar o consumo. Esse será o ponto de partida da próxima etapa: a contemplação. Por enquanto, resta-nos observar o discreto movimento do rolar da pedra.

Érika Vilela

Mineira de Montes Claros (MG), Érika Vilela é fundadora e moderadora geral da comunidade 'Filhos de Maria'. Cursou Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas e, atualmente, faz especialização em Psiquiatria pelo Centro Brasileiro de Pós-graduações. Érika atua como pregadora, articulista, missionária pela Casa Mãe de Misericórdia e médica na Estratégia Saúde da Família e na Clínica Home-Med. Evangelizadora com fé e ciência, duas asas que nos elevam para o céu, ela tem a bela missão de encontrar, na união mística com a dor salvífica de Cristo, a força para seguir em frente, sabendo que Deus opera sempre as Suas maravilhas!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Catequese / Papa Francisco

Catequese

Papa fala dos carismas na Igreja: dons, não motivos de divisão

No ciclo de catequeses sobre a Igreja, o Santo Padre falou dos carismas dados por Deus por meio do Espírito Santo
Da Redação, com Rádio Vaticano
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A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 1º, foi sobre os carismas na Igreja. O Santo Padre destacou que o carisma é um dom para a Igreja, não motivo de inveja ou divisão.

.: Íntegra da catequese
Francisco segue o ciclo de catequeses sobre a Igreja, desta vez falando sobre os dons que o Espírito Santo oferece a ela em sua caminhada na história. Na linguagem comum, quando se fala de “carisma”, entende-se um talento, mas na perspectiva cristã, explicou o Papa, assume outra conotação que vai além de uma qualidade pessoal.
O carisma, disse o Pontífice, é uma graça, um dom dispensado por Deus por intermédio da ação do Espírito Santo, para que seja colocado a serviço de todos. De fato, é no seio da comunidade que alguém pode reconhecer os carismas que tem.
Nesse momento, o Papa Francisco brincou com a multidão que participava da catequese, dizendo que uma pessoa não pode achar que tem o dom de cantar, são os outros que têm que reconhecer este carisma. E enfatizou que é importante que nós nos questionemos sobre os carismas existentes em nós. “Há qualquer carisma que o Senhor fez nascer em mim e que os meus irmãos, na comunidade cristã, o reconheceram e o encorajaram? E como me comporto em relação a este dom: com generosidade ou como motivo de orgulho?”
Sua Santidade acrescentou que a mais bela experiência é descobrir a diversidade e a multiplicidade de carismas na Igreja, pois todos são um dom do Pai à comunidade para que esta cresça harmoniosamente como um só corpo: o corpo de Cristo. “Ai de nós se fizermos de tais dons motivo de inveja ou de divisão!”, advertiu.
Aos olhos de Deus, todos os carismas são importantes, disse o Santo Padre. Dessa forma, em uma comunidade cristã, todos precisam uns dos outros e cada dom recebido só se realiza plenamente quando partilhado com os irmãos para o bem de todos.
Por fim, o Sumo Pontífice recordou que hoje a Igreja celebra Santa Teresinha do Menino Jesus, que morreu aos 24 anos. “Ela queria ter todos os carismas”, recordou o Papa. Porém, foi na oração que Santa Teresinha descobriu que seu carisma era o amor. Este é um carisma que todos têm, reforçou Francisco. “Peçamos, então, a Santa Teresinha esta capacidade de amar a Igreja e aceitar todos os carismas, com o amor de seus filhos.”



Papa fala da comunhão nas coisas santas e destaca os sacramentos, os carismas e a caridade

Francisco afirmou que comunhão entre os cristãos cresce mediante a participação nos bens espirituais
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa fala da comunhão nas coisas santas e destaca os sacramentos, os carismas e a caridade
Francisco durante a catequese desta quarta-feira / Foto: reprodução CTV
Os sacramentos, os carismas e a caridade. Foi nesse trinômio que o Papa Francisco centrou a catequese desta quarta-feira, 6, na Praça São Pedro. Dando continuidade à audiência geral da semana passada, quando falou da comunhão dos santos, Francisco refletiu hoje sobre a comunhão nas coisas santas.
O Santo Padre explicou que a comunhão entre os cristãos cresce mediante a participação nos bens espirituais, considerando-se em particular os sacramentos, os carismas e a caridade.

: Íntegra do texto da catequese

Com relação aos sacramentos, Francisco lembrou que eles não são aparência nem ritos, mas sim a força de Cristo. “Quando celebramos a Missa, na Eucaristia há Jesus vivo, propriamente Ele vivo, que nos une, nos faz comunidade, nos faz adorar o Pai”.
E se por um lado é a Igreja que “faz” os sacramentos, por outro são os sacramentos que “fazem” a Igreja, conforme explicou o Santo Padre. São os sacramentos que edificam a Igreja, gerando novos filhos ao povo de Deus, e impelem os fiéis a serem missionários.
Outro aspecto da comunhão nas coisas santas é a comunhão nos carismas. O Papa disse que o carisma é um presente dado pelo Espírito Santo, mas não para ficar escondido, e sim para ser comunicado ao outro, sendo utilizado em favor do povo de Deus.
“Os carismas são graças particulares dadas para fazer bem a tantos. São atitudes que nascem na consciência e experiência de determinadas pessoas que são chamadas a colocá-los a serviço da comunidade”
Por fim, Francisco falou da caridade, ressaltando que os carismas são importantes, mas são sempre meios para crescer na caridade e no amor. “Sem o amor, todos os dons não servem à Igreja, porque onde não há o amor há um vazio e um vazio que vem preenchido pelo egoísmo. E pergunto a vocês: se todos somos egoístas, podemos viver em comunidade, em paz?”
O Pontífice destacou que os menores dos gestos de amor têm efeito para todos. Portanto, viver a unidade na Igreja, a comunhão da caridade significa não buscar os próprios interesses, mas partilhar o sofrimento e a alegria dos irmãos.
“A solidariedade fraterna não é um modo de dizer, mas parte integrante da comunhão entre os cristãos. Se a vivemos, somos no mundo ‘sacramento’ do amor de Deus, somos uns pelos outros e por todos”.