segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mensagem do Dia

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O amor de Deus transforma tudo

Todo ser humano tem uma sede enorme de Deus, mesmo aquele que nem imagina a existência d’Ele.
Dentro do nosso coração e no mais íntimo do nosso ser há um clamor por um encontro pessoal com Jesus.
Jesus, eu confio em Vós!


Em outubro, somos convidados a refletir sobre atualidade do Rosário

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro


Outubro mês do Rosário
Outubro, o mês das Missões, é o mês em que somos convidados a refletir sobre a atualidade do Santo Rosário em nossa vida cristã. Por isso mesmo, neste mês devemos reforçar a nossa devoção mariana empreendendo a Oração do Rosário em família, em grupos de orações, nos setores pastorais, nas comunidades e nas paróquias.

Essa devoção contemplativa faz-nos meditar sobre os mistérios de nossa redenção. É uma oportunidade de chegar às pessoas em todos os lugares e começar ali um grupo católico, embrião de uma futura pequena comunidade. Neste tempo em que tanto falamos de Paróquia como comunidade de comunidades, uma das formas de iniciarmos uma comunidade é através da oração.

Leia também
.: Conheça a devoção à Nossa Senhora do Rosário

É claro que os grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros tipos de reuniões e celebrações também formam as futuras comunidades, que farão parte da paróquia presente em todo o seu território. São oportunidades que nos ajudam a viver o trabalho pastoral. Mas a Oração do Rosário também precede as Celebrações Eucarísticas, acompanha-nos nas viagens, nos tempos de reflexão, andando pelos caminhos, nos momentos de alegria ou aflição, fazendo-nos próximos do Senhor que nos conduz e ilumina nossas vidas.

Na Carta Apostólica sobre o “Rosário da Virgem Maria”, o Papa João Paulo II nos ensina que: "O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor" (cf. RVM, n. 1).

Com isso vemos que essa oração devocional sustentou durante muito tempo a vida cristã católica de nosso povo num passado não muito distante.

João Paulo II nos incentivava a reza do Rosário cotidianamente pelo "fato de este constituir um meio validíssimo para favorecer entre os crentes aquele compromisso de contemplação do mistério cristão que ele propôs na Carta apostólica Novo millennio ineunte como verdadeira e própria pedagogia da santidade: 'Há necessidade dum cristianismo que se destaque principalmente pela ‘arte da oração'. Enquanto que na cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma nova exigência de espiritualidade, é extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem 'autênticas escolas de oração'. O Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e corresponde, de certo modo, à 'oração do coração' ou 'oração de Jesus' germinada no húmus do Oriente cristão" (cf. RVM, n. 5).

O Papa disse que o Rosário é o compêndio dos Santos Evangelhos: o Rosário é um dos percursos tradicionais da oração cristã aplicada à contemplação do rosto de Cristo.

Paulo VI assim o descreveu: 'Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu elemento mais característico – a repetição litânica do 'Alegra-te, Maria' – torna-se também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação da mãe do Batista: 'Bendito o fruto do teu ventre' (Lc 1, 42). “Diremos mais ainda: a repetição da Ave Maria constitui a urdidura sobre a qual se desenrola a contemplação dos mistérios; aquele Jesus que cada Ave Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe, uma e outra vez, como Filho de Deus e da Virgem Santíssima" (cf. RVM, n. 18).

O Rosário é composto de quatro mistérios: gozosos, dolorosos, gloriosos e da luz. Os mistérios da luz foram acrescidos pelo Papa João Paulo II. Ensina o futuro santo que: "Passando da infância e da vida de Nazaré à vida pública de Jesus, a contemplação leva-nos aos mistérios que se podem chamar, por especial título, 'mistérios da luz'. Na verdade, todo o mistério de Cristo é luz. Ele é a 'luz do mundo' (Jo8, 12). Mas esta dimensão emerge particularmente nos anos da vida pública, quando Ele anuncia o evangelho do Reino. Querendo indicar à comunidade cristã cinco momentos significativos – mistérios luminosos – desta fase da vida de Cristo: 1o no seu Batismo no Jordão, 2o na sua auto-revelação nas bodas de Caná, 3o no seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão, 4o na sua Transfiguração e, enfim, 5o na instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal".

O Santo Rosário "coloca-se ao serviço deste ideal, oferecendo o “segredo” para se abrir mais facilmente a um conhecimento profundo e empenhado de Cristo. Digamos que é o caminho de Maria. É o caminho do exemplo da Virgem de Nazaré, mulher de fé, de silêncio e de escuta. É, ao mesmo tempo, o caminho de uma devoção mariana animada pela certeza da relação indivisível que liga Cristo à sua Mãe Santíssima: os mistérios de Cristo são também, de certo modo, os mistérios da Mãe, mesmo quando não está diretamente envolvida, pelo fato de Ela viver d'Ele e para Ele. Na Ave Maria, apropriando-nos das palavras do Arcanjo Gabriel e de Santa Isabel, sentimo-nos levados a procurar sempre em Maria, nos seus braços e no seu coração, o 'fruto bendito do seu ventre' (cf. Lc 1, 42) “(cf. RVM 24).

Vivemos no dia a dia da correria, de uma sociedade desorientada, infelizmente, em tempos tortuosos e agitados. O mundo parece estar cansado. A Virgem Maria continua cantando em nossos corações: "Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes" (Lc 1,52-53). Entre um mistério e outro repetimos: "Jesus, socorrei principalmente os que mais precisarem".

Por isso, na cidade, ou no campo – religiosos, leigos, bispos, padres, até o Papa – todos têm uma simpatia especial pelo “Terço”, rezado por toda a Igreja, que encontra nele uma maneira prática de estar com Deus. Aqui, os grupos do “terço dos homens” se multiplicam. Agora também com o “terço das mulheres”, além dos vários grupos de espiritualidades marianas. O evento arquidiocesano “Senhora do Rosário” quis reunir em nossa catedral, para uma Oração do Terço, todos os grupos que se empenham comunitariamente em rezá-lo.

Portanto, movido pelo entusiasmo da JMJ Rio 2013, convido particularmente os jovens, que já sabem rezar o Rosário, que ensinem esta devoção aos outros jovens ou aos seus companheiros e amigos que ainda não experimentaram a riqueza desta oração mariana.

Na repetição das orações do Pai Nosso, das Aves Marias e do Glória ao Pai vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo. Assim, rezando o terço, iremos crescer sempre na maior intimidade com a vida do Cristo Redentor.

Que Nossa Senhora do Rosário nos ajude a redescobrir a beleza e a atualidade do Santo Rosário. E peço a todos: rezem nas intenções da igreja, do Santo Padre, e também por mim e pela nossa Arquidiocese!
 
 

O Santo Rosário é a oração dos vencedores

 O Santo Rosário é a oração dos vencedores, daqueles que colocam no Senhor a sua confiança. O anjo entrou onde a Virgem Maria estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28).
Nós, hoje, celebramos o Dia de Nossa Senhora do Rosário. É um dia grandioso e importante para nós. Não nos lembramos do “Rosário pelo Rosário” simplesmente, mas de Nossa Senhora do Rosário ou Nossa Senhora da Vitória ou Nossa Senhora do Combate. Maria, Mãe de Deus, que vai à nossa frente.
No século XVI, quando houve a grande batalha de Lepanto, a nossa fé católica parecia que ia sucumbir, ia ser tomada pelos inimigos da fé. Naquele contexto, os cristãos saíram às ruas com um Rosário nas mãos invocando a intercessão de Nossa Senhora, e todos rezando o Santo Rosário. E o povo de Deus venceu aquela batalha.
O Santo Terço e o Rosário são as armas preciosas que Deus colocou em nossas mãos para vencermos as batalhas da vida. Primeiramente as batalhas interiores, as batalhas da própria alma. Meditar os mistérios do Santo Rosário é meditar a nossa própria fé, é alimentar a nossa própria fé; é rever a nossa própria vida à luz dos acontecimentos da vida de Jesus Cristo e de Sua Mãe entre nós.
Portanto, aqueles que acham que rezar o Santo Terço é apenas “debulhar” as bolinhas do Rosário e repetir as “Ave-Marias”, saibam que o Santo Rosário é uma das orações meditativas, contemplativas, mais belas e poderosas que existem. O Santo Terço tem um poder de cura interior para a alma e para o coração. Quando contemplamos os mistérios de Cristo, contemplamos e meditamos nossa própria vida. Por isso, hoje, não reze somente o Santo Terço repetindo as Ave-Marias, mas contemple e medite cada um dos mistérios.
O Santo Rosário é a arma dos combatentes, do grande combate espiritual que batalhamos e precisamos vencer. É a oração dos vencedores, daqueles que colocam no Senhor a sua confiança. É a oração do povo simples, do povo que tem confiança no Senhor e que tem, na Mãe de Deus, um grande refúgio em todos os momentos.
Que Deus abençoe você!

Nenhum comentário:

Postar um comentário