Nossa primeira vocação
“O Deus, que fez o mundo e tudo o que nele há, é o Senhor do céu e da terra, e não habita em templos feitos por mãos humanas. Pois nele vivemos, movemos e existimos” (Atos 17,24.28).
A nossa primeira vocação – não pode ser outra – a não ser amar a Deus de todo coração, buscando uma sublime e profunda comunhão com Ele.
Hoje, nós existimos graças a esse verdadeiro amor de Deus por nós; e nossa felicidade somente será plena quando as nossas vontades passarem a ser de acordo com a vontade do Senhor.
Nós precisamos buscar o Altíssimo em todas as circunstâncias possíveis para que possamos dizer como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20).
Nossa vida, nossa família, amigos, alegrias e dores não pertencem a nós, mas sim, a Deus. O Senhor quer ser o único a ser adorado e o primeiro a ser amado por nós, pois Ele o merece. Ele quer todo o nosso amor, adoração, respeito e gratidão porque nos ama infinitamente. Desse modo, ao O amarmos, aprendemos também a amar aos que estão à nossa volta de uma forma inteiramente gratuita.
Que durante este dia nós possamos fazer a experiência de deixar que o amor puro de Nosso Senhor Jesus Cristo consuma o nosso ser. Certos de que o mais nobre dos sentimentos nos sustentará em todos os momentos e em todas as circunstâncias, sejam estas boas ou dolorosas.
Jesus, eu confio em Vós
A confiança n'Aquele que o chamou é a chave para a felicidade
Mensagem de Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, nesta quinta-feira, dia 3 de fevereiro de 2011.
Ao ir para a página do Podcast 'Sorrindo pra Vida' , você encontrará, abaixo de cada um deles, uma seta; ao clicar nela você conseguirá baixar o arquivo em MP3.
"Se Deus o chamou para estar nesta família, neste ambiente de trabalho, para ter estes amigos... é porque são nesses locais que você vai encontrar sua felicidade", explica Márcio Mendes
Foto: Wesley Almeida/CN
O homem de Deus recebe, pelo Espírito Santo, a força do próprio Senhor. Em todas as coisas que vivemos, encontramos dificuldades. Mas o Pai está conosco para nos ajudar em nossas decisões e dores. Quando acreditamos em Deus, fazemos escolhas pela fé. Foi isso que aconteceu com Nossa Senhora na passagem meditada hoje.
A Santíssima Virgem Maria era tão humana quanto eu e você. E o anjo, na aparição, disse-lhe que não se atemorizasse. Nossa Senhora, apesar de não entender bem o que estava acontecendo, não teve medo. E é isso que o Senhor quer nos dizer hoje: “Não tenha medo!” Não tenha medo de perseverar no bom caminho! Não tenha medo de fazer o que é certo! Não tenha medo do que Deus vai pedir a você.
Todos nós temos um chamado. Se Deus o chamou para estar nesta família, neste ambiente de trabalho, para ter estes amigos, é porque nesses locais você vai encontrar sua felicidade. Seja a melhor pessoa do mundo onde quer que você esteja. Faça bem o que Deus designou para sua vida.
Como entramos em um caminho que não sabemos aonde ele vai nos levar? Por que nos aventuramos numa vocação como a Canção Nova? A confiança n'Aquele que o chamou é a chave para a felicidade. O Pai não vai nos abandonar no meio do caminho, meus irmãos. Muitas vezes, enfrentamos as dificuldades com medo, preocupados com o futuro. No entanto, devemos confiar no Senhor!
No momento em que Maria disse “sim”, o Espírito Santo passou a viver no coração dela de maneira nova. Isso é o que chamamos de Efusão do Espírito Santo. Todas as vezes em que enfrentamos um problema e clamamos o Espírito, Ele vem renovar nosso ânimo.
Para que os planos de Deus se realizem em nossa vida, precisamos entregá-los nas mãos d'Ele. Tenha coragem de fazer essa entrega. Confie n'Aquele que morreu na cruz por você, que o ama e só quer seu bem.
Você está disposto a entregar-se nas mãos do Senhor? Comece a prestar atenção nos desejos do seu coração, não se feche para sua vocação, porque é aí que Deus começa a trabalhar em nós. O segredo para a cruz não ser tão pesada é abraçá-la. Está difícil o casamento? Não se revolte, resolva os problemas com amor, sendo uma presença de Deus no foco de maldade.
É preciso ter disponibilidade para fazer o que Deus nos pede. E a Sagrada Escritura vai lhe mostrar muitas coisas. É fundamental ter uma Bíblia em sua casa e em seu local de trabalho. Amém!
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção NovaEstado laico ou laicista?
Cristo ensinou “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, isto é, o Estado e a Igreja têm atividades diferentes e devem atuar conjuntamente para o bem do povo. O Estado é laico, quer dizer, não professa uma religião específica, mas deve incentivar o valor religioso, que faz parte da grandeza e da dignidade do homem.
Laicidade, corretamente entendida, significa que o Estado deve proteger amplamente a liberdade religiosa tanto em sua dimensão pessoal como social, e não impor, por meio de leis e decretos, nenhuma verdade especificamente religiosa ou filosófica, mas elaborar as leis com base nas verdades morais naturais. O fundamento do direito à liberdade religiosa se encontra na própria dignidade da pessoa humana.
Infelizmente, mesmo em países de profundas raízes cristãs, como a Espanha, este laicismo radical e anticristão é notado com clareza. Um Estado que tenta impedir a vivência religiosa do povo, especialmente o Cristianismo, com uma ação hostil ao fenômeno religioso e a tentativa de encerrá-lo unicamente na esfera privada.
Tenta-se, assim, eliminar os símbolos religiosos mais tradicionais do povo, como que lhe arrancando as raízes. Ora, retirar, por exemplo, o crucifixo de nossos locais públicos, equivale a eliminar a nossa tradição cristã ocidental. Esse sinal sagrado é para nós o que há de mais importante, significa o respeito ao ser humano, a defesa da justiça, da honra, da caridade, da bondade, da pureza, da verdade, do amor. Quem pode ser contra isso? Que filosofia pode ir contra isso?
Como disse um dos personagens de Dostoiévski, em “Irmãos Karamazóvi”: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Se Deus não existe, então, eu sou deus; essa é a mentalidade laicista que se pretende impor mesmo aos cristãos, baseados numa falsa concepção de que Deus não existe e de que não se pode provar a existência d’Ele.
O Vaticano já chamou de “cristianofobia” a aversão ao Cristianismo, tanto no Ocidente quanto no Oriente. Esta expressão foi introduzida pela primeira vez no ano 2003 em uma resolução do Terceiro Comitê da 58ª Assembléia Geral da ONU, e que compreende os atos de violência e perseguição, intolerância e discriminação contra os cristãos, ou uma educação errônea ou a desinformação sobre essa religião [Cristianismo]. Por isso, hoje, em muitos países, os cristãos são vítimas de preconceitos, estereótipos e intolerâncias.
É uma ideologia racionalista e estimulada por poderosas instituições internacionais, como se pode constatar em uma breve consulta na internet. Algumas “fundações” no exterior destinam muitos recursos para esse fim.
Enfim, o laicismo que hoje vemos é o do Estado que caminha para se tornar um Estado com religião oficial e não um Estado laico: um Estado totalitário ateu, que quer eliminar Deus e a religião e que investe fortemente contra a liberdade religiosa. Um Estado cujo deus é o individualismo, o hedonismo, o prazer material e a “liberdade” para aprovar tudo que desejar, sem restrições morais.
No bojo do laicismo encontramos o que o nosso Papa Bento XVI tem chamado de “ditadura do relativismo”, que surge como uma consequência da “ditadura do racionalismo” ateu e materialista, e que elimina a verdade. Ora, a eliminação da verdade coloca o homem nas mãos do mais forte, do útil, da imoralidade.
Fala-se hoje falsamente em nome da laicidade, mas se pratica o laicismo para bloquear a vida e a atividade, especialmente da Igreja Católica, em sua realidade profunda e positiva.
Prof. Felipe Aquino
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