quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Contribuamos hoje com o futuro da humanidade
Temos sempre a oportunidade de fazer o
bem e não podemos deixar passar nenhuma ocasião, porque as nossas boas
ações testemunharão para a humanidade que a força do amor é capaz de
transformar as realidades mais desencontradas e de dar sentido à vida.
Podemos contribuir com o futuro da humanidade de hoje, à medida que
escolhemos fazer às pessoas o bem que gostaríamos que elas nos fizessem.
Esta é uma regra de ouro que pode nortear todas as nossas ações e com
certeza seremos sinal de esperança para todos os que passarem pela nossa
vida, e ao mesmo tempo espalharemos as sementes de uma vida nova para
os que ainda não nasceram, na certeza de que eles colherão os frutos das
nossas boas ações, e sentar-se-ão à sombra de um mundo melhor, mais
fraterno e mais cheio de paz.
“Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mt 7,12).
Jesus, eu confio em Vós!
Formações
Anestesia Espiritual
O amor é o antídoto que nos devolve a vida
A palavra anestesia tem sua origem no vocábulo grego e significa "ausência de sensações". Popularmente, podemos dizer que é um estado em que a sensibilidade fica temporariamente bloqueada. Muitos pacientes, ao serem submetidos a algum procedimento cirúrgico, são anestesiados para não sentirem nenhuma espécie de dor.
Infelizmente, nossa sociedade passa por um processo de anestesia espiritual. Fomos anestesiados em relação à dor de quem sofre. Para não sentirmos a dor que os outros sentem, anestesiamo-nos e, assim, divorciamo-nos da solidariedade. Se em tempos distantes a preocupação com o vizinho doente era prioridade, hoje esta atitude parece não mais condizer com o homem pós-moderno. A pós-modernidade enclausurou o ser humano em suas próprias preocupações e tem lhe roubado o direito de amar.
Muitos caminham pela vida anestesiados em relação à dor de seus irmãos e irmãs. No tempo de Jesus não era diferente. Os fariseus e escribas olhavam para os doentes e sofredores e enxergavam somente a impureza. Estavam anestesiados pela arrogância de suas próprias autossuficiências. A anestesia que impedia a verdadeira solidariedade de acontecer atravessou milênios e chegou até nossos dias com uma nova roupagem, mas carregando em si mesma o mesmo veneno: a falta de amor verdadeiro.
Assista também: "Vacina contra o Desânimo", com o saudoso padre Léo
Jesus trouxe o antídoto contra a anestesia que impedia o ser humano de olhar para o outro e não se compadecer com a dor. Ele nos trouxe o amor como remédio para curar a insensibilidade que roubava do ser humano a solidariedade profunda e verdadeira. Se para os fariseus o doente era um impuro, excluído da graça de Deus e da comunidade, para Jesus este mesmo doente era um Filho do Pai que necessitava de cuidados e carinhos. Com o bálsamo do amor, Jesus foi ao encontro daqueles que caminhavam pela vida sozinhos e desamparados. Enquanto alguns feriam os doentes com a falta de compaixão, Jesus os curava com Seu amor sem limites.
Aquele que sofre não é um estranho, mas irmão, filho do mesmo Pai que merece cuidados, amor e carinho. A anestesia espiritual nos afasta da verdadeira solidariedade. Enquanto a teoria roubar a cena, correremos o risco de nos perder em palavras bonitas e deixarmos sofrendo aquele que clama por nossa presença verdadeira e solidária. Jesus fez a diferença na vida de cegos, leprosos e pecadores. Sua atitude mostrava a cada fariseu ou escriba que eles somente seriam verdadeiramente humanos se, antes, tomassem o antídoto do amor que os libertaria da anestesia que lhes impedia de ver além de suas próprias verdades.
Cada dia é sempre uma nova oportunidade de fazermos a diferença na vida de alguém. A verdadeira solidariedade nos liberta da anestesia da falta de amor e nos faz ir ao encontro de quem sofre e lhe dizer: “O que posso fazer para ajudá-lo?”; “Estou junto com você!”; “Juntos vamos encontrar uma solução!”; “Se precisar de mim, pode me ligar ou me procurar a qualquer hora do dia ou da noite!”... Amor verdadeiro não sobrevive de teorias, mas sim de gestos concretos.
Jesus nos ensina, com seus exemplos, a sermos sempre o diferencial na vida de quem sofre e não tem ninguém ao seu lado. Se o antídoto do amor nos libertar da anestesia que nos impede de nos aproximarmos de quem sofre, teremos compreendido o que Ele nos ensinou quando disse: “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13).
Infelizmente, nossa sociedade passa por um processo de anestesia espiritual. Fomos anestesiados em relação à dor de quem sofre. Para não sentirmos a dor que os outros sentem, anestesiamo-nos e, assim, divorciamo-nos da solidariedade. Se em tempos distantes a preocupação com o vizinho doente era prioridade, hoje esta atitude parece não mais condizer com o homem pós-moderno. A pós-modernidade enclausurou o ser humano em suas próprias preocupações e tem lhe roubado o direito de amar.
Muitos caminham pela vida anestesiados em relação à dor de seus irmãos e irmãs. No tempo de Jesus não era diferente. Os fariseus e escribas olhavam para os doentes e sofredores e enxergavam somente a impureza. Estavam anestesiados pela arrogância de suas próprias autossuficiências. A anestesia que impedia a verdadeira solidariedade de acontecer atravessou milênios e chegou até nossos dias com uma nova roupagem, mas carregando em si mesma o mesmo veneno: a falta de amor verdadeiro.
Assista também: "Vacina contra o Desânimo", com o saudoso padre Léo
Jesus trouxe o antídoto contra a anestesia que impedia o ser humano de olhar para o outro e não se compadecer com a dor. Ele nos trouxe o amor como remédio para curar a insensibilidade que roubava do ser humano a solidariedade profunda e verdadeira. Se para os fariseus o doente era um impuro, excluído da graça de Deus e da comunidade, para Jesus este mesmo doente era um Filho do Pai que necessitava de cuidados e carinhos. Com o bálsamo do amor, Jesus foi ao encontro daqueles que caminhavam pela vida sozinhos e desamparados. Enquanto alguns feriam os doentes com a falta de compaixão, Jesus os curava com Seu amor sem limites.
Aquele que sofre não é um estranho, mas irmão, filho do mesmo Pai que merece cuidados, amor e carinho. A anestesia espiritual nos afasta da verdadeira solidariedade. Enquanto a teoria roubar a cena, correremos o risco de nos perder em palavras bonitas e deixarmos sofrendo aquele que clama por nossa presença verdadeira e solidária. Jesus fez a diferença na vida de cegos, leprosos e pecadores. Sua atitude mostrava a cada fariseu ou escriba que eles somente seriam verdadeiramente humanos se, antes, tomassem o antídoto do amor que os libertaria da anestesia que lhes impedia de ver além de suas próprias verdades.
Cada dia é sempre uma nova oportunidade de fazermos a diferença na vida de alguém. A verdadeira solidariedade nos liberta da anestesia da falta de amor e nos faz ir ao encontro de quem sofre e lhe dizer: “O que posso fazer para ajudá-lo?”; “Estou junto com você!”; “Juntos vamos encontrar uma solução!”; “Se precisar de mim, pode me ligar ou me procurar a qualquer hora do dia ou da noite!”... Amor verdadeiro não sobrevive de teorias, mas sim de gestos concretos.
Jesus nos ensina, com seus exemplos, a sermos sempre o diferencial na vida de quem sofre e não tem ninguém ao seu lado. Se o antídoto do amor nos libertar da anestesia que nos impede de nos aproximarmos de quem sofre, teremos compreendido o que Ele nos ensinou quando disse: “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13).
Padre Flávio Sobreiro
Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
Liturgia é presença viva do Mistério Pascal de Cristo, diz Papa
'A vida de oração consiste no estar habitualmente na presença de Deus', disse o Papa durante a catequese desta quarta-feira, 3
O Papa Bento XVI dedicou a
catequese desta quarta-feira, 3, à natureza eclesial da oração
litúrgica. O Pontífice explicou que a liturgia, na verdade, não é uma
auto-manifestação de uma comunidade, mas sim a entrada numa comunidade
viva, nutrida pelo próprio Deus. Ele destacou a liturgia como a presença
viva do Mistério Pascal de Cristo.
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI - Oração Litúrgica - 03/10/2012
“A liturgia então não é a memória de eventos passados, mas é a presença viva do Mistério Pascal de Cristo que transcende e une os tempos e os espaços. (...) A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu “fazer”, mas é ação de Deus em nós e conosco”.
O Papa convidou os fiéis a se perguntarem se reservam um tempo especial para a oração e qual o lugar que a oração litúrgica ocupa em sua relação com Deus. Sobre a resposta a esta pergunta, ele lembrou que é preciso considerar antes de tudo que a oração é relação viva dos filhos de Deus com o seu Pai.
“A vida de oração consiste no estar habitualmente na presença de Deus e ter consciência de viver a relação com Deus como se vivem as relações habituais da nossa vida, aquelas com os familiares mais queridos, com os verdadeiros amigos; e mais: aquela com o Senhor é a relação que dá luz a todos os nossos outros relacionamentos”.
O Pontífice também lembrou que este diálogo com Deus Pai só é possível em Cristo. “O cristão redescobre a sua verdadeira identidade em Cristo”, disse. Ele salientou ainda que o vínculo indissolúvel firmado entre Cristo e a Igreja não anula o “tu” e o “eu”, mas os eleva à sua unidade mais profunda.
“Encontrar a própria identidade em Cristo significa chegar a uma comunhão com Ele, que não me anula, mas me eleva à dignidade mais alta, aquela de filho de Deus em Cristo”.
Desta forma, ao participar da liturgia, o cristão deve fazer sua a linguagem da Igreja, mergulhar progressivamente nestas palavras com oração, com alegria. “É um caminho que nos transforma”.
Outro aspecto ressaltado pelo Papa foi o fato de que na liturgia da menor comunidade está sempre presente toda a Igreja, motivo pelo qual não se pode dizer que existem “estrangeiros” na comunidade litúrgica. “Em cada celebração litúrgica participa junto toda a Igreja, céu e terra, Deus e os homens”.
Ao final da catequese, Bento XVI fez um apelo tendo em vista sua visita ao Santuário de Loreto, nesta quinta-feira, 4:
“Queridos irmãos e irmãs, amanhã visitarei o Santuário de Loreto, no 50º aniversário da célebre peregrinação do Beato Papa João XXIII naquela localidade mariana, ocorrida uma semana antes da abertura do Concílio Vaticano II.
Peço-vos que se unam à minha oração em recomendar à Mãe de Deus os principais eventos eclesiais que estamos prestes a viver: o Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos sobre nova evangelização. Possa a Virgem Santa acompanhar a Igreja em sua missão de anunciar o Evangelho aos homens e às mulheres de nosso tempo”.
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI - Oração Litúrgica - 03/10/2012
“A liturgia então não é a memória de eventos passados, mas é a presença viva do Mistério Pascal de Cristo que transcende e une os tempos e os espaços. (...) A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu “fazer”, mas é ação de Deus em nós e conosco”.
O Papa convidou os fiéis a se perguntarem se reservam um tempo especial para a oração e qual o lugar que a oração litúrgica ocupa em sua relação com Deus. Sobre a resposta a esta pergunta, ele lembrou que é preciso considerar antes de tudo que a oração é relação viva dos filhos de Deus com o seu Pai.
“A vida de oração consiste no estar habitualmente na presença de Deus e ter consciência de viver a relação com Deus como se vivem as relações habituais da nossa vida, aquelas com os familiares mais queridos, com os verdadeiros amigos; e mais: aquela com o Senhor é a relação que dá luz a todos os nossos outros relacionamentos”.
O Pontífice também lembrou que este diálogo com Deus Pai só é possível em Cristo. “O cristão redescobre a sua verdadeira identidade em Cristo”, disse. Ele salientou ainda que o vínculo indissolúvel firmado entre Cristo e a Igreja não anula o “tu” e o “eu”, mas os eleva à sua unidade mais profunda.
“Encontrar a própria identidade em Cristo significa chegar a uma comunhão com Ele, que não me anula, mas me eleva à dignidade mais alta, aquela de filho de Deus em Cristo”.
Desta forma, ao participar da liturgia, o cristão deve fazer sua a linguagem da Igreja, mergulhar progressivamente nestas palavras com oração, com alegria. “É um caminho que nos transforma”.
Outro aspecto ressaltado pelo Papa foi o fato de que na liturgia da menor comunidade está sempre presente toda a Igreja, motivo pelo qual não se pode dizer que existem “estrangeiros” na comunidade litúrgica. “Em cada celebração litúrgica participa junto toda a Igreja, céu e terra, Deus e os homens”.
Ao final da catequese, Bento XVI fez um apelo tendo em vista sua visita ao Santuário de Loreto, nesta quinta-feira, 4:
“Queridos irmãos e irmãs, amanhã visitarei o Santuário de Loreto, no 50º aniversário da célebre peregrinação do Beato Papa João XXIII naquela localidade mariana, ocorrida uma semana antes da abertura do Concílio Vaticano II.
Peço-vos que se unam à minha oração em recomendar à Mãe de Deus os principais eventos eclesiais que estamos prestes a viver: o Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos sobre nova evangelização. Possa a Virgem Santa acompanhar a Igreja em sua missão de anunciar o Evangelho aos homens e às mulheres de nosso tempo”.
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