Igreja existe para evangelizar, afirma Papa
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI presidiu o Ângelus deste domingo, 24, na Praça São Pedro, no Vaticano, após a Missa de encerramento do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio.O Santo Padre recordou que a Igreja celebra hoje o Dia Mundial das Missões sobre o tema "A construção da comunhão eclesial é a chave da missão".
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.: Divulgado documento final do Sínodo para o Oriente Médio
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E frisou que o tema do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio e o tema o Dia Mundial das Missões nos convidam a olhar a Igreja como mistério de comunhão. Recordando as palavras do Papa Paulo VI, Bento XVI disse que "a Igreja existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus, perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, memorial de sua morte e sua gloriosa ressurreição" .
Bento XVI anunciou que o próximo Sínodo que se realizará em 2012, terá como tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã". "Em todos os tempos e em todos os lugares – também no Oriente Médio – a Igreja está presente e trabalha para acolher toda pessoa e oferecê-la em Cristo, a plenitude da vida" – disse o Papa que acrescentou: "a tarefa missionária não é revolucionar o mundo, mas transfigurá-lo, buscando a força em Jesus Cristo que nos chama à mesa de sua Palavra e da Eucaristia, para saborear o dom de sua presença, formar-nos em sua escola e viver sempre mais conscientemente unidos a Ele, Mestre e Senhor."
O Papa confiou aos cuidados da Virgem Maria, que de Jesus Crucificado recebeu a nova missão de ser Mãe de todos aqueles que querem crer Nele e segui-lo, as comunidades cristãs do Oriente Médio e todos os missionários do Evangelho. A seguir, concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Após a oração mariana do Angelus, o Papa saudou, em várias línguas, os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Em especial, saudou os fiéis peruanos e de outros países latino-americanos da Irmandade do Senhor dos Milagres, em Roma.
"Neste domingo a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões. Convido todos vocês a pedirem ao Senhor por aqueles que entregaram generosamente suas vidas à causa da evangelização dos povos, em meio a tantas dificuldades. Rezemos para que nunca lhes falte o nosso apoio espiritual e material no desempenho de sua tarefa apostólica", concluiu Bento XVI.
O Papa confiou aos cuidados da Virgem Maria, que de Jesus Crucificado recebeu a nova missão de ser Mãe de todos aqueles que querem crer Nele e segui-lo, as comunidades cristãs do Oriente Médio e todos os missionários do Evangelho. A seguir, concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Após a oração mariana do Angelus, o Papa saudou, em várias línguas, os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Em especial, saudou os fiéis peruanos e de outros países latino-americanos da Irmandade do Senhor dos Milagres, em Roma.
"Neste domingo a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões. Convido todos vocês a pedirem ao Senhor por aqueles que entregaram generosamente suas vidas à causa da evangelização dos povos, em meio a tantas dificuldades. Rezemos para que nunca lhes falte o nosso apoio espiritual e material no desempenho de sua tarefa apostólica", concluiu Bento XVI.
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Domingo, 24 de outubro de 2010, 10h51
Bento XVI encoraja cristãos e pede a paz no Oriente Médio
Kelen Galvan
Da Redação
"Aos cristãos no Oriente Médio se podem aplicar as palavras do Senhor Jesus: 'Não tenhais medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino' (Lucas 12,32). Foi o que disse o Papa Bento XVI, neste domingo, 24, na Missa de encerramento do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, no Vaticano.
O Santo Padre afirmou que "embora pouco numerosos, eles [cristãos do Oriente Médio] são portadores da Boa Nova do amor de Deus pelo homem, o amor que se revelou precisamente na Terra Santa, na pessoa de Jesus Cristo".
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.: Íntegra da homilia de Bento XVI
E destacou que esta passagem do Evangelho (Lucas 12,32) é capaz de romper a violência. "Esta Palavra de salvação, fortalecida pela graça dos Sacramentos, ressoa com particular eficácia nos lugares onde, por Divina Providência, foi escrita, e é a única palavra capaz de romper o ciclo vicioso da vingança, do ódio e da violência".
"De um coração purificado, em paz com Deus e com o próximo, podem nascer propósitos e iniciativas de paz em nível local, nacional e internacional. Nesse trabalho, que toda comunidade internacional é chamada a realizar, os cristãos, cidadãos com todos os direitos, podem e devem dar a sua contribuição com o espírito das bem-aventuranças, tornando-se construtores de paz e apóstolos de reconciliação para o benefício de toda a sociedade", ressaltou Bento XVI.
Ao refletir sobre a liturgia deste domingo, o Papa recordou a afirmação do salmista de que "o Senhor está próximo daquele que tem o coração dilacerado, Ele salva os espírito sofredores" (Sl 34,19) e destacou que seu pensamento se dirige aos irmãos e irmãs que vivem no Oriente Médio e se encontram em situações difíceis, para estes a Palavra de Deus traz uma "luz de esperança":
"A Palavra de Deus hoje nos oferece também uma luz de esperança consoladora, quando apresenta a oração, personificada, que 'não desiste até que o Altíssimo tenha intervido e satisfeito os justos e restabelecido a equidade' (Eclo 35, 21 – 22). O liame entre a oração e a justiça nos faz pensar em tantas situações no mundo, especialmente no Oriente Médio. O grito do pobre e do oprimido encontra eco imediato em Deus, que quer intervir para abrir uma saída, para restituir um futuro de liberdade, um horizonte de esperança", afirmou.
Bento XVI destacou que "a paz é dom de Deus", mas é também "resultados dos esforços dos homens de boa vontade, de instituições nacionais e internacionais", e que o Oriente Médio não pode "resignar-se à falta de paz".
"A paz é possível. A paz é urgente. A paz é a condição indispensável para uma vida digna da pessoa humana e da sociedade. Paz também é o melhor remédio para evitar a emigração do Oriente Médio. 'Peçam a paz para Jerusalém', nos diz o Salmo 122. Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos pela paz no Oriente Médio, comprometendo-nos para que tal dom de Deus oferecido aos homens de boa vontade se espalhe pelo mundo inteiro", concluiu o Papa.
"De um coração purificado, em paz com Deus e com o próximo, podem nascer propósitos e iniciativas de paz em nível local, nacional e internacional. Nesse trabalho, que toda comunidade internacional é chamada a realizar, os cristãos, cidadãos com todos os direitos, podem e devem dar a sua contribuição com o espírito das bem-aventuranças, tornando-se construtores de paz e apóstolos de reconciliação para o benefício de toda a sociedade", ressaltou Bento XVI.
Ao refletir sobre a liturgia deste domingo, o Papa recordou a afirmação do salmista de que "o Senhor está próximo daquele que tem o coração dilacerado, Ele salva os espírito sofredores" (Sl 34,19) e destacou que seu pensamento se dirige aos irmãos e irmãs que vivem no Oriente Médio e se encontram em situações difíceis, para estes a Palavra de Deus traz uma "luz de esperança":
"A Palavra de Deus hoje nos oferece também uma luz de esperança consoladora, quando apresenta a oração, personificada, que 'não desiste até que o Altíssimo tenha intervido e satisfeito os justos e restabelecido a equidade' (Eclo 35, 21 – 22). O liame entre a oração e a justiça nos faz pensar em tantas situações no mundo, especialmente no Oriente Médio. O grito do pobre e do oprimido encontra eco imediato em Deus, que quer intervir para abrir uma saída, para restituir um futuro de liberdade, um horizonte de esperança", afirmou.
Bento XVI destacou que "a paz é dom de Deus", mas é também "resultados dos esforços dos homens de boa vontade, de instituições nacionais e internacionais", e que o Oriente Médio não pode "resignar-se à falta de paz".
"A paz é possível. A paz é urgente. A paz é a condição indispensável para uma vida digna da pessoa humana e da sociedade. Paz também é o melhor remédio para evitar a emigração do Oriente Médio. 'Peçam a paz para Jerusalém', nos diz o Salmo 122. Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos pela paz no Oriente Médio, comprometendo-nos para que tal dom de Deus oferecido aos homens de boa vontade se espalhe pelo mundo inteiro", concluiu o Papa.
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Família da Esperança encerra semana de comemorações
Leonardo Meira
enviado especial a Guaratinguetá (SP)
Em sentido horário: Dom Josef Clemens, Dom Lorenzo Baldisseri, recuperandos em ação de graças durante a Missa e frei Hans Stapel
A Família da Esperança concluiu neste domingo, 24, uma semana intensa de comemorações pelo Reconhecimento Pontifício, recebido em maio deste ano, no Vaticano.
Os últimos três dias de encontro – intitulado "Festa da Família" – aconteceram na sede da instituição, no interior de Guaratinguetá (SP). Entre quarta e quinta-feira, a programação incluiu visitas à sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), e ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Cerca de 3 mil pessoas participaram das comemorações, com celebrações, apresentações, mesas-redondas e diversas outras atividades.
“Foram dias de muita graça, com a presença de Deus em todo o tempo. A Igreja confirma que é um dom divino. É, ao mesmo tempo, um desafio e uma confirmação para viver a Palavra de Deus e, assim, viver o amor profundo que está dentro de nós”, explica um dos fundadores da obra, frei Hans Stapel.
Leia mais.: "Vale a pena buscar liberdade de Cristo", diz núncio apostólico
A aprovação dos estatutos da instituição pela Igreja a nível mundial também é uma espécie de carta de recomendação para uma expansão ainda mais ampla do carisma, que busca a santificação através da prática do amor recíproco e tem como fontes a espiritualidade franciscana e focolarina.
“A Família da Esperança é uma experiência maravilhosa da Igreja, capaz de dar resposta a esse problema tão grave da droga. Os resultados são tão bons porque há uma preocupação com a pessoa na sua integralidade, recuperando a esperança, mostrando que é possível ser feliz olhando para Deus, não para o vício”, salienta o núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, que presidiu a Santa Missa de encerramento do encontro.
O secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Josef Clemens, destaca que o Reconhecimento é um grande sim da Igreja. “É ela dizendo: 'Estamos com vocês, continuem, caminhem na estrada justa'”.
O bispo alemão afirma que agradece a Deus pelos dias que passou no Brasil acompanhando a programação. “É uma realidade viva. Estou muito contente por essa iniciativa que promove a evangelização de modo tão eficaz”.
Wesley Almeida / Canção Nova
O jovem alemão Nils conversa com o também alemão padre Christian. Abaixo, o brasileiro João Victor, que completa um ano do processo de reabilitação
O responsável regional pelas Fazendas da Esperança na Europa, padre Christian Heim, exerce a função há três anos.
“Nós procuramos viver o amor. O jovem tem sede de amar e ser amado em todos os lugares do mundo. Eles são abertos para viver a Palavra e descobrir a liberdade que brota dela. A Palavra transforma, muda a vida, faz experimentar a esperança”, explica.
O jovem alemão Nils Odendhal, de 19 anos, sabe bem o que é isso. Antes de começar sua reabilitação na Fazenda, já havia passado por tratamentos terapêuticos e uso de químicos, mas sem resultado.
“Duas palavras me marcaram: 'ir além da dor' e 'contra a própria vontade'. No início, precisava ficar lembrando disso todo o dia, mas, com o tempo, essas realidades começaram a entrar em meu coração e já é algo natural. A Palavra ajuda a ir além”, testemunha.
Bem explica frei Hans que “se o jovem não se descobre como amor e que é amado por Deus, não ama e não se recupera”.
O brasileiro João Victor Melhado, de 29 anos, natural de Rio Claro (SP), também passou por tratamentos exclusivamente químicos antes de encontrar a Fazenda da Esperança. Neste domingo, 24, ele completa exatamente um ano do início de seu processo de reabilitação.
“Aqui ganhei liberdade, confiança. No início é muito difícil, especialmente pela saudade da família, mas depois encarei a proposta de viver o amor, olhar para cada um como o próprio Jesus, viver o momento presente”, diz.
Saiba mais sobre o Reconhecimento Pontifício da "Família da Esperança"
.: Veja + vídeos sobre a Família da Esperança
A Família da Esperança
A obra foi fundada em 1983 e, com o passar dos anos, a comunidade terapêutica entendeu que sua finalidade principal era viver segundo os ensinamentos do Evangelho. Sendo assim, surgiu a associação de fiéis nomeada "Família da Esperança", que, em 1998, recebeu a aprovação diocesana pelas mãos do Cardeal Aloísio Lorscheider, no Santuário de Aparecida. Com o contínuo aumento dos membros, veio a necessidade de um Reconhecimento Pontifício pela Santa Sé.
Nesses 27 anos de missão, a obra se expandiu por todo o país e no exterior. Atualmente, atende cerca de 3 mil jovens nas 72 fazendas espalhadas pelo mundo e está presente em outros 10 países: Alemanha, Rússia, Filipinas, Moçambique, México, Guatemala, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Argentina. Em toda a história, mais de 10 mil pessoas já foram atendidas.
O período de internação dura 12 meses e o índice de recuperação é de até 70%. O estilo de vida baseia-se no tripé viver em família, trabalho como fonte de auto-estima e sustento e espiritualidade com moral e princípios que levam a uma mudança de mentalidade e comportamento.
A Família da Esperança não é uma congregação ou instituto secular, nem um movimento espiritual, como a Renovação Carismática e os Focolares, mas é uma nova comunidade. "É algo novo dentro da Igreja, onde os casados, os solteiros, os jovens, mas também irmãs religiosas e padres podem ligar-se numa mesma comunidade que quer atender, no nosso caso, aos jovens dependentes", explica padre César Alberto dos Santos, consagrado da Família. Já há mais de 500 membros pertencentes à Família.
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