Nasceu em família humilde de agricultores, num pequeno povoado à beira do lago de Garda, rodeado por montanhas.
Na escola a sua professora percebeu que o menino era diferente: as respostas que dava revelavam uma inteligência incomum, uma curiosidade viva que se traduzia em perguntas sem fim. Aos dez anos de idade, já escolheu de ser padre. Para poder estudar o menino foi obrigado a deixar a família, sendo encaminhado a Verona, a cidade grande mais próxima, onde foi confiado ao sacerdote Nicola Mazza que ali fundara e mantinha dois colégios.
Em 1846, aos quinze anos, ao ler a história dos mártires do Japão, entusiasmou-se e decidiu ser missionário. Um dos padres do colégio, Ângelo Vinco, voltando de uma Missão na África relatou a situação miserável daquelas populações. No dia 31 de dezembro de 1854, em Trento, Comboni foi ordenado padre.
Sem perda de tempo, preparou-se para a sua tarefa na África. Estudou inglês, francês, árabe. A sua primeira viagem realizou-se em 1857. À época de partir, eclodiu na região de Verona uma epidemia de cólera. Na ocasião, entregou-se inteiramente ao serviço dos doentes, arriscando o contágio. Partiu e dedicou-se de corpo e alma aos africanos lutando com tudo o que podia contra a encravadura.
Em 14 de setembro, junto ao túmulo de São Pedro em Roma, recebeu uma grande inspiração. Como resultado, durante o Concílio Vaticano I, apresentou aos bispos o seu Plano pela Regeneração dos Africanos. Tinha compreendido que o brancos não aguentavam muito na África, e que os Africanos trazidos para a Europa se corrompiam com o conforto e não desejavam mais voltar a sua terra natal para ser evangelizadores. Iluminado, propôs "Salvar a África com a África", ou seja, preparar sacerdotes e missionários africanos na própria África, mas em ambientes africanos, onde os brancos pudessem viver e os próprios africanos se mantivessem em sua terra.
Viajou muito, por todos os meios, de barco, de camelo, de navio, mas sempre com o coração voltado para os africanos, que queriam ser livres da escravidão, das doenças e da miséria. Fundou colégios, pediu a colaboração de mulheres e fundou a Congregação das Pias Madres da Nigritia.
Praticamente obrigado pelo Cardeal prefeito da Congregação do Vaticano responsável da Propagação da Fé, fundou em 1 de junho de 1867, o Instituto dos Filhos do Sagrado Coração de Jesus, que hoje tem o nome oficial de Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ). Os membros desta instituição estão hoje nos cinco continentes, contando até hoje vinte e quatro mártires nos trabalhos de evangelização. Em 1877 foi nomeado bispo do extenso Vicariado que abrangia praticamente toda a África Central.
Comboni faleceu a 10 de outubro de 1881 em Cartum, no Sudão, vítima das terríveis febres que já tinham vitimado quase todos os seus companheiros. No leito de morte rogou aos presentes que nunca desistissem, nem que sobrasse apenas um único deles. A sua obra continua pelo mundo afora.
Canonização
Daniel Comboni foi canonizado pelo papa João Paulo II em 5 de outubro de 2003, porém, sua festa litúrgica é 10 de outubro. Foi canonizado devido a uma cura milagrosa a ele atribuída, ocorrido no município de São Mateus, no estado do Espírito Santo, na década de 1970.[1]
A cura se deu em uma menina que se encontrava enterrada em um hospital do município. O médico, Doutor Carlos Cassiano, após uma cirurgia realizada no estômago da criança, já havia diagnosticado infecção generalizada e que nada mais poderia ser feito. Após uma noite inteira de orações a Daniel Comboni, a menina acordou curada.[1]
Anos mais tarde, o médico foi ao Vaticano dar o seu testemunho científico da cura extraordinária. Seu depoimento foi muito importante para a Igreja Católica canonizar Daniel Comboni.[1]
Evangelho do Dia
Evangelho (Lucas 17,11-19)
Domingo, 10 de Outubro de 2010
28º Domingo do Tempo Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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