Com Jesus nós podemos vencer
Tudo é graça de Deus na nossa vida. Sem
esta graça, nada é possível, portanto, a sabedoria nos ensina a pedir a
Ele, a cada momento, que nos abençoe e nos conceda a graça de sermos
firmes na fé para não nos deixarmos arrastar pelos ventos fortes da
vida.
A arma da nossa vitória é a fé em Jesus, porque n’Ele e com Ele podemos dizer: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13).
Ao longo deste dia, rezemos, insistentemente, este ato de fé: “Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé!”
Jesus, eu confio em Vós!
Os massacres não impedirão o testemunho do amor de Deus
Porque tanta violência contra os cristãos em algumas regiões do mundo? É possível que se trate apenas de motivações ideológicas? Ou considera-se, a dos cristãos, uma voz que deve ser silenciada, porque é contracorrente diante da deriva rumo à qual a humanidade parece destinada? Ou, talvez, eles representam uma comunidade indefesa, por conseguinte fácil de ser atacada sem correr muitos riscos, a fim de se impor no cenário mundial do terror com finalidades políticas?
É possível restabelecer a justiça e a paz reconhecendo a liberdade de religião para todos? E como podem ser alcançados os objetivos de equidade global, através de soluções verdadeiramente éticas da crise que angustia o mundo? Resumindo, qual é a atualidade daquele "Bem-aventurados os pacificadores" proposto pelo Papa durante a celebração do Dia mundial da Paz de 2013?
Perguntas que se apresentam pontualmente quando as notícias do mundo – a última por ordem de tempo é de segunda-feira à noite, 6 de Agosto, e fala de cerca de quinze mortos causados por mais um ataque contra uma igreja cristã na Nigéria – alongam a lista dos mortos por causa da fé e demonstram a atualidade premente dos apelos constantes pela paz, lançados pelo Pontífice.
Procuramos algumas respostas durante o diálogo com o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e paz, com o qual falamos sobre as dificuldades vividas hoje pelos cristãos em diversas partes do mundo. O cardeal – depois de ter esclarecido que não quer falar sobre aquela que será a mensagem do Papa para o Dia mundial da Paz de 2013 e deseja expressar opiniões pessoais, amadurecidas durante a sua longa experiência pastoral vivida em contextos difíceis – ofereceu algumas chaves interpretativas sobre a situação atual.
Os cristãos no mundo estão cada vez mais sujeitos à violência e mesmo a perseguições. Será que por detrás destes episódios existem várias motivações religiosas ou, talvez, a razão deve ser procurada no fato de que alguns países cristãos constituem alvos indefesos e, por conseguinte, mais fáceis de ser atingidos e os massacres tornam-se instrumentos de pressão para outros fins?
Existe algo verdadeiro. Em numerosas situações os cristãos são objeto de violência, por vezes sofrida fisicamente, mas também experimentada psicologicamente. Sem dúvida, o objetivo é o que um cristão representa. Uma crença, um ponto de vista do qual se observa o que acontece no mundo, um estilo de vida que possui uma sua própria identidade. Os nossos caluniadores afirmam que pertencemos um pouco à Idade Média, ao passado, embora não o possam demonstrar.
Os cristãos são um alvo sensível porque indefesos e, portanto, fáceis de ser atacados? É difícil responder. Certamente, em várias regiões do mundo, sobretudo na África, as nossas igrejas são construídas precisamente não onde há maior densidade da população. Ao contrário, prefere-se edificá-las nos territórios mais próximos das missões, das casas dos sacerdotes e os cristãos, para as alcançar, devem realizar uma pequena viagem, como se fosse uma peregrinação. Ao contrário, as mesquitas dos muçulmanos encontram-se sempre nos lugares mais visitados, no meio dos seus fiéis.
Portanto, provavelmente neste sentido somos talvez mais indefesos. Mas diria que o dever defender-se não faz parte da nossa natureza. Não pensamos que o devemos fazer por causa da nossa religião. Acreditamos num Deus que não precisa de ser defendido. Só necessita de ser amado, conhecido e testemunhado.
O nosso pertencer à Igreja não se alimenta em pensamentos sobre como defender-nos, sobre como impor o nosso culto. Pensamos só em como dar testemunho de Deus. Os outros têm talvez um ponto de vista um pouco diferente do nosso. Pensam que a religião é algo para defender, que o deles é um Deus que deve ser defendido. Não, esta não é a forma de conceber a nossa fé, a nossa missão.
As estruturas sociais da Igreja estão entre e para as pessoas, sem distinção de qualquer tipo. Vivemos no meio do povo na cotidianidade, para restituir esperança, para transmitir uma mensagem de amor, a mensagem de Deus. Em alguns casos, quando devemos rezar a Ele, sobretudo na minha África, fazemo-lo juntos, por vezes, afastados para não incomodar. Todavia, se por esta razão alguém nos considerar alvos débeis e frágeis a ser atingidos, isto não significa que nós vamos desencorajar na realização da nossa missão: ela é e permanece a de dar testemunho, convictos de que em Deus nada devemos temer.
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