Você sabe fazer uso da sua liberdade?
Muitas pessoas se perguntam: Por que estou sofrendo?
Estamos neste mundo de passagem e o nosso caminho é semelhante ao de Jesus: Caminho de cruz, porque o discípulo não é maior do que o Mestre, como nos ensinam as Sagradas Escrituras.
Mas nós precisamos atentar para uma realidade: muitos dos nossos sofrimentos são fruto do mau uso da nossa liberdade e escolhas equivocadas. Costumamos fazer muitas coisas que nos vêm à cabeça, muitas vezes, sem pensar nas consequências das atitudes tomadas.
Deus nos dá a liberdade de escolha, porque nos ama, por isso nos deixa livres. O homem é senhor da sua liberdade; mas nem sempre sabemos fazer as escolhas certas, porque somos limitados. Razão pela qual precisamos tomar consciência de que sozinhos não somos capazes de conduzir a nossa vida.
Coloquemos nossa vida nas mãos de Deus, para que Ele nos aponte o caminho a ser tomado. Dessa forma, não correremos o risco de nos perder em meio às decepções e adversidades do dia a dia e de nos tornar pessoas incrédulas e distantes de Deus Pai.
Rezemos com o salmista: “Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo” (Sl 79, 8).
Jesus, eu confio em Vós!
Postado por: homilia
Deus tem um plano de salvação para cada um de nós
O Evangelho de hoje é uma das passagens mais tristes da Palavra de Deus para mim. Este Evangelho é uma continuidade, já que no de ontem os discípulos de João Batista vieram perguntar para Jesus se Ele realmente era o esperado. Cristo dá a resposta e eles voltam, mas agora o Senhor olha para a multidão e pergunta: O que e quem vocês foram buscar lá no deserto? No final da leitura Jesus revela que é o profeta.Mas repito: a tristeza descrita no Evangelho de hoje mostra que os doutores da lei e autoridades religiosas daquele tempo não quiseram aceitar o Senhor e todo o plano de salvação que Deus tinha para eles foi frustrado. Em outras palavras, é como se Jesus estivesse dizendo: Eles se perderam, tiveram a oportunidade, e diz lá no livro do Apocalipse: “Eis que estou à porta e bato todos os dias”, então se você abrir Eu entro. Jesus bateu, bateu e bateu à porta e depois João Batista também bateu, mas eles não quiseram ouvir e permaneceram com o coração fechado. Eles não quiseram aceitar João Batista e não o aceitando também não aceitaram a presença de Jesus. E quem não aceita Deus se perde e não se salva.
Na verdade, Jesus está falando isso com muita dor no coração. É interessante que na Bíblia Ave-Maria está escrito assim: “Mas os fariseus e os mestres da lei rejeitando o batismo de João tornaram inútil para si mesmos o projeto de Deus, mas frustaram o desígnio de Deus a seu respeito”. Jesus tinha preparado um desígnio para eles, mas o coração deles estava fechado. E vocês sabem o que aconteceu depois? Essas pessoas acabaram matando o Salvador.
Não vou dizer que nós que estamos aqui hoje neste mundo frustramos os planos de Deus em nossa vida. Neste tempo do Advento a primeira coisa que nós precisamos parar para pensar é se realmente os planos de Deus em nossa vida, que são planos de salvação, estão acontecendo mesmo. Um plano de salvação significa que a partir de hoje preciso mudar a minha vida e caminhar na santidade, porque existem coisas que eu preciso tirar e que ainda estou guardando em meu coração.
Por isso eu queria que no dia de hoje cada um de vocês rezassem por aqueles que estão frustrando o plano de Deus na vida deles. Tenho esperança de salvar essas pessoas, porque Jesus não morreu em vão e a esperança vai nascer na noite do dia 24 de dezembro quando vamos celebrar o nascimento do Senhor.
Padre José Augusto
Comunidade Canção Nova
Formações
A Liturgia do Natal
Natal não é festa de uma ideia, mas é a festa que celebra a nossa salvação
É no ano 336 que temos a primeira notícia da Festa do Natal, ocorrida em Roma. Por intermédio de Santo Agostinho, temos conhecimento de que essa festa era celebrada no século IV também na África. Também na Espanha, no final do século IV, o Natal já era celebrado.
A data 25 de dezembro não é confirmada historicamente como oficial ao nascimento de Jesus. Segundo estudiosos, a explicação mais provável nasce na tentativa de a Igreja de Roma suplantar a festa pagã do “Natalis (solis) incicti”.
Foi no século III que se difundiu no mundo greco-romano o culto ao sol. Foi o Imperador Aureliano (275 d.C.) que deu a esse culto uma importância oficial. Assim, o culto ao sol tornou-se um símbolo da luta pagã contra o Cristianismo. A data principal dessa festa era 25 de dezembro. Era celebrada no solstício 1 de inverno e representava a vitória anual do sol sobre as trevas. Visando purificar essa celebração pagã, a Igreja deu a ela um significado diferente, tendo como base uma rica temática bíblica: Lucas 1,78; Efésios 5,8-14. Enquanto celebrava-se o nascimento do sol, a Igreja apresentou aos cristãos o nascimento do verdadeiro Sol: Cristo, que apareceu ao mundo após longas noites de pecado.
Celebrar o Natal é celebrar o Sol da Vida, que nos ilumina com Sua graça salvadora. É a Luz de um novo tempo que nasce em nosso coração e deseja fazer morada definitiva em nós.
São Leão Magno, em seu "Sermão de Natal", escreve: “O Natal do Senhor não se apresenta a nós como lembrança do passado, mas o vemos no presente”. Fazemos memória presente do nascimento de Cristo em meio à nossa frágil humanidade. Natal não é festa de uma ideia, mas é a festa que celebra a nossa salvação. A Festa do Natal é o ponto de partida para nossa salvação realizada por Cristo.
O Tempo do Natal começa com as primeiras Vésperas do Natal e termina no domingo depois da Epifania (entre 2 e 8 de janeiro). Interessante ressaltar que a Liturgia do Natal do Senhor se caracteriza por quatro Celebrações da Eucaristia, assim distribuídas:
1 – Na tarde do dia 24 se celebra a Missa vespertina . Esta Missa tem caráter festivo, com o canto do Glória e a Profissão de Fé.
2 – Na noite de 25, em geral à meia-noite, celebra-se a primeira Missa do Natal do Senhor.
3 – Ao alvorecer se celebra a segunda Missa do Natal.
4 – Durante o “dia” de Natal se celebra a terceira Missa da festividade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por 8 dias contínuos, conhecidos como: Oitava do Natal.
Cada uma destas quatro Missas tem Leituras e Orações próprias, a saber:
1 – Missa da Vigília: Primeira Leitura: Is 62,1-5; Salmo Responsorial: Sl 88; Segunda Leitura: At 13,16-17.22-25; Evangelho: Mt 1,1-25.
2 – Missa da Noite: Primeira Leitura: Is 9,1-6; Salmo Responsorial: Sl 95; Segunda Leitura: Tt 2,11-14; Evangelho: Lc 2,1-14.
3 – Missa da Aurora: Primeira Leitura: Is 62,11-12; Salmo Responsorial: Sl 96; Segunda Leitura: Tt 3,4-7; Evangelho: Lc 2,15-20.
4 – Missa do Dia: Primeira Leitura: Is 52,7-10; Salmo Responsorial: Sl 97; Segunda Leitura: Hb 1,1-6; Evangelho: Jo 1,1-18.
Natal é tempo de festa e alegria. É tempo de estar unido à comunidade celebrando o dom da vida manifestada no nascimento de Jesus Cristo. Celebrar o nascimento de Cristo é estar unido à Igreja em todo o mundo que se une na fé e na esperança de um novo tempo. A participação nas Missas é fundamental, pois nos reunimos em comunidade, na qual o Cristo se revela a cada um de nós e a todos por meio do Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia. Para melhor participarmos destas celebrações é interessante meditarmos antecipadamente as Leituras que serão proclamadas durante a Missa. O silêncio exterior e interior é oportunidade para melhor celebrarmos o Sol da Vida, que nos ilumina com Seu amor salvífico.
Padre Flávio Sobreiro
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