quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Santo do Dia

Beato Vicente de Santo Antônio

7 de Setembro

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Nasceu em Algarve (Portugal) no Castelo de Albufeira, em 1590. Seus pais, Antônio Simões e Catarina Pereira, educaram-no na piedade e bons costumes e, passada a infância, enviaram-no para Lisboa onde, depois de ter revelado um talento multiforme ao longo da carreira eclesiástica, foi ordenado sacerdote aos 27 anos.
Quatro anos depois, em 1621, já estava no México, onde entrou na Ordem de Santo Agostinho. Feita a profissão, sentiu o desejo de ser missionário em terras japonesas, o que ocorreu em 1923.
Estando no Japão, Vicente mudou de traje e de nome, fazendo-se caixeiro ambulante pelas ruas de Nagasaki para poder entrar nas casas e introduzir-se nas famílias, onde converte os gentios e consola e encoraja os cristãos perseguidos. Durante anos, trabalhou na catequese, pregando a Boa Nova e administrando os Sacramentos.
Em 1629, Vicente foi descoberto e preso. Tentando fazer com que Vicente renegasse sua fé em Cristo e não obtendo êxito, seus algozes o submeteram a cinco banhos consecutivos de água a ferver até ser martirizado pelo tormento do fogo.
Beato Vicente de Santo Antônio, rogai por nós!


Evangelho do Dia

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Evangelho (Lucas 6,20-26)

Quarta-Feira, 7 de Setembro de 2011
23ª Semana Comum

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— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Jesus, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir! 22Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!
23Alegrai-vos, nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 24Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25Ai de vós que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! 26Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

  

Homilia

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Felizes e saciados por Jesus, a verdadeira comida e bebida

Estamos em cima da montanha. Jesus escolhe os Seus apóstolos e, ao lhes apresentar Seu programa de ação, anuncia a eles e ao povo o conteúdo desta: “Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês. Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura. Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir [...]“
Essas palavras foram vida e missão para os apóstolos. E são – e continuarão sendo – para todos os cristãos. É nossa missão tornar a sociedade justa e digna, arrancando de seu meio, pela força do Evangelho, a miséria, a injustiça e a fome.
O cristão deve sentir e encontrar prazer e alegria nas perseguições por amor à verdade e à justiça do Reino, pois será grande no céu a sua recompensa. A promessa é do próprio Jesus: “Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês”.
O cristão deve se empenhar para derrubar todos os geradores dos males sociais. É preciso que ele dê a conhecer aos grandes que defender a causa do pobre é devolver-lhe a vida e a dignidade e não uma simples multiplicação de palavras. Porque o pobre não vive de explicações, filosofias e “falatório”.
Jesus dirigiu-se com frequência à multidão para adverti-la sobre o que estava por vir. O texto deste Evangelho reflete com nitidez este tipo de comunicação. A exemplo de Mateus, Lucas nos apresenta uma nova versão das bem-aventuranças: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus!”
Digo nova versão por causa de algumas ligeiras diferenças quanto à ordem das colocações. Se Mateus faz a proclamação das bem-aventuranças num bloco homogêneo de oito declarações positivas, Lucas nos apresenta dois blocos: um de quatro bem-aventuranças e outro com outras tantas declarações de infelicidade, imprecações: “Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa”.
Podemos dizer que se trata de blocos opostos: aos pobres opõem-se os ricos; aos que têm fome contrapõem-se os que estão fartos. Além disso, o texto dá grande relevo à anáfora e ao paralelismo.
O paradoxo é bastante comum em Lucas e indica uma orientação importante do terceiro Evangelho: o radicalismo da força transformadora de sua mensagem. Há muita coisa desconcertante, inesperada neste Evangelho.
Felizes vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados! Saciados por quem? Saciados por Jesus, a verdadeira comida e bebida. Aquele que nos abre para os novos tempos e, por isso, nos faz firmes e fortes nesta espera. Quem espera no Senhor – e não vacila nos momentos de amargura – se torna bem-aventurado.
Padre Bantu Mendonça


Formações

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Pátria e Bíblia

Nunca teremos uma Pátria de irmãos se não contarmos com a Palavra
O relacionamento fraterno constrói uma sociedade mais justa e saudável para todos. É a Palavra bíblica que educa as pessoas para o diálogo, para a relação fraterna e para uma Pátria verdadeiramente de paz. Não basta celebrar a Semana da Pátria e mês dedicado à Bíblia se não há comprometimento com a felicidade e a vida de todo o povo.

O Brasil tem experimentado diversos tipos de avanços. Em muitos deles não conseguimos sentir verdadeiros sinais de vida digna. O "Grito dos Excluídos" do Sete de Setembro ainda acontece de forma abafada, porque muita gente continua excluída, sem as condições reais de cidadania e de valores nos campos sociais, políticos e econômicos.
A Bíblia provoca atitudes de luta, de força em prol da justiça e de denúncia dos responsáveis pela prática das injustiças. Ela é como sentinela que aponta para direções justas. Seu objetivo é salvar a vida do povo. É a voz de Deus que vem importunar os mecanismos que favorecem determinados grupos privilegiados.

Almejamos uma Pátria de amor, porque onde há amor, não pode existir a prática do mal. É a justiça do Reino de Deus, no cumprimento e na fidelidade ao projeto querido por Deus. É o Reino do perdão, da acolhida e da reintegração das pessoas na comunidade. Faz pensar num pastor de ovelhas que, quando perde uma delas, vai à sua procura até encontrá-la.
Nunca teremos uma Pátria de irmãos se não contarmos com os ensinamentos da Bíblia. Ela é Palavra de Deus que anuncia princípios de fraternidade, de honestidade, de transparência e de tudo que leva à vivência do bem. O país precisa garantir e cultivar a justiça para que seu povo tenha vida e liberdade plena.

Corremos o perigo de uma religião fácil, sem compromisso com a criação e com os Mandamentos da Sagrada Escritura. Qualquer ofensa a alguém é romper com a vida de todos na comunidade. Por isso temos que lançar mão dos instrumentos que integram na prática da convivência e no valor da vida no país.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo diocesano de São José do Rio Preto


Bento XVI fala da confiança em Deus diante do sofrimento

Papa saúda peregrinos presentes na Catequese desta quarta-feira, 7, na Praça São Pedro, no Vaticano
O Papa Bento XVI deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre a oração e escolheu como tema de meditação o Salmo 3, iniciando uma série de catequeses com os Salmos. O Santo Padre deixou o Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, para encontrar-se com os peregrinos na praça de São Pedro, hoje, 07, no Vaticano, depois de mais de um mês de audiências gerais no Pátio Central do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, a 30 km de Roma.
O Pontífice abriu o discurso explicando que o Salmo escolhido para a meditação desta quarta-feira é um grito de lamento e de súplica, mas permeado de profunda confiança em Deus. 
"No grito do Salmista, cada homem pode reconhecer aqueles sentimentos de dor, de amargura e juntamente com isto, a confiança em Deus que, segundo a narração bíblica, haviam acompanhado a fuga de Davi desde a sua saída da cidade", enfatizou.

.: INTEGRA: Catequese de Bento XVI -07/09/2011
Depois de explicar todo o percurso vivido por Davi, que segundo a tradição hebraica seria o autor do Salmo, o Papa falou da certeza na presença de Deus quando tudo parece estar perdido.
"Uma multidão se lança contra ele, gerando um medo que aumenta e ameaça, fazendo-a parecer ainda mais grande e aterrorizante, mas o orante não se deixa vencer por esta visão de morte, mantém forte o relacionamento com o Deus da vida e a Ele por primeiro se volta, à procura de ajuda", disse.
Bento XVI encerrou a catequese pedindo que cada cristão faça deste Salmo, a sua oração.
"Rezando este salmo, podemos fazer nossos, os sentimentos do salmista, figura do justo perseguido que encontra em Jesus a sua plenitude. Na dor, no perigo, na amargura e na incompreenssão e nas ofensas, as palavras do Salmo abrem o nosso coração à certeza confortante da fé".

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