Terça, 6 de Setembro de 2011
Reze pelas pessoas que o perseguem
Quando dispomos o nosso coração para abençoar as pessoas com as quais convivemos, a luz de Cristo vem sobre nós e passamos a enxergar a vida e as pessoas com uma nova visão. Muitas vezes, as nossas amarguras, os nossos dissabores, os ressentimentos, as mágoas, o negativismo e as críticas obscurecem a nossa visão e o nosso coração e, assim, nos tornamos incapazes de ver as coisas como, de fato, elas são.
Somos convidados por Deus a olhar para nós mesmos, para as pessoas e para o mundo que nos cerca com o olhar de Jesus. Somente com o auxílio da graça divina somos capazes de perceber o que há de belo na vida, mesmo quando as dificuldades batem à nossa porta. Cultivemos o bom humor, a alegria e a disposição de amar e abençoar a todas as pessoas. Hoje não pode ser mais um dia na nossa vida.
Façamos hoje um firme propósito de abençoar e falar uma palavra de ânimo, de consolo e de bênção para o nosso próximo.
Pode ter certeza de que, ao agir dessa forma, você será o primeiro a ser beneficiado pela graça de Deus. Rezemos pelas pessoas que nos perseguem, que nos desprezam, que nos criticam, por aquelas que falam mal de nós e de quem temos antipatia.
“Quero, portanto, que em todo o lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (I Tm 2,8).
Jesus, eu confio em Vós!
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A vida dos Santos.
JESUS CRISTO é o único mestre da verdade,
o único modelo, o único mediador da vida do PAI.
São Francisco de Sales diz:
"Que são a vida dos Santos se não o Evangelho colocado em prática?"
Os Santos de Deus são aqueles heróis de JESUS CRISTO que, alcançando uma vitória sobre o demônio, o mundo e a carne, e praticando as virtudes em grau heróico, alcançaram a eterna bem-aventurança.
São modelos de vida em Cristo, e pelo seu testemunho são nossos intercessores junto a Deus.
O que fazer para participar dessa felicíssima glória na JERUSALÉM CELESTE?
Temos a Sagrada Escritura, os Mandamentos, os Sacramentos, a Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana e os exemplos dos Santos.
Nenhuma pessoa humana chegou à eterna felicidade senão pela via da Cruz, e praticando as virtudes do Divino Mestre, da humildade, da paciência, da perseverança, mansidão, castidade, e um abrasado amor à Deus e ao próximo e uma rejeição ao mal e ao pecado.
Formação
Deus quis amar os homens no abraço de seu Filho crucificado por amor
O Portal RCCBRASIL traz, desde a última semana, em sua seção de Formação um especial da Jornada Mundial da Juventude 2011, realizada em Madri, Espanha. Estão sendo publicadas as mensagens do Santo Padre, o papa Bento XVI, durante os atos centrais do evento que reuniu milhões de jovens na capital espanhola.
O seguinte texto mostra a mensagem proclamada pelo papa após a celebração da Via Sacra.
Queridos jovens!
Com piedade e fervor, celebramos esta Via-Sacra, acompanhando Cristo na sua Paixão e Morte. As reflexões das Irmãzinhas da Cruz, que servem aos mais pobres e desvalidos, facilitaram-nos a entrada nos mistérios da gloriosa Cruz de Cristo, que encerra a verdadeira sabedoria de Deus, aquela que julga o mundo e quantos se crêem sábios (cf. 1Cor 1, 17-19). Neste itinerário para o Calvário, ajudou-nos também a contemplação destas imagens extraordinárias do patrimônio religioso das dioceses espanholas. São imagens onde se harmonizam a fé e a arte para chegar ao coração do homem e convidá-lo à conversão. Quando é límpido e autêntico o olhar da fé, a beleza coloca-se ao seu serviço e é capaz de representar os mistérios da nossa salvação a ponto de nos tocar profundamente e transformar o nosso coração, como sucedeu a Santa Teresa de Ávila ao contemplar uma imagem de Cristo coberto de chagas (cf. Livro da Vida, 9, 1).
À medida que íamos avançando com Jesus até chegar ao cimo da sua entrega no Calvário, vinham-nos à mente as palavras de São Paulo: «Cristo amou-me e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). À vista de um amor assim desinteressado, cheios de admiração e reconhecimento perguntamo-nos agora: Que havemos nós de fazer por Ele? Que resposta Lhe daremos? São João no-lo diz claramente: “Foi com isto que conhecemos o amor: Ele, Jesus, deu a sua vida por nós; assim também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos” (1Jo 3, 16). A paixão de Cristo incita-nos a carregar sobre os nossos ombros o sofrimento do mundo, com a certeza de que Deus não é alguém distante ou alheio ao homem e às suas vicissitudes; pelo contrário, fez-Se um de nós “para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue […]. A partir de lá entrou em todo o sofrimento humano alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de lá propaga-se em todo o sofrimento a con-solatio, a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança” (Spe salvi, 39).
Queridos jovens, que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos. Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes. As diversas formas de sofrimento, que foram desfilando diante dos nossos olhos ao longo da Via-Sacra, são apelos do Senhor para edificarmos as nossas vidas seguindo os seus passos e para nos tornarmos sinais do seu conforto e salvação. “Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem” (Ibid., 39).
Oxalá saibamos acolher estas lições e pô-las em prática. Com tal finalidade, olhemos para Cristo, suspenso no duro madeiro, e peçamos-Lhe que nos ensine esta misteriosa sabedoria da cruz, graças à qual vive o homem. A cruz não foi o desfecho de um fracasso, mas o modo de exprimir a entrega amorosa que vai até à doação máxima da própria vida. O Pai quis amar os homens no abraço do seu Filho crucificado por amor. Na sua forma e significado, a cruz representa esse amor do Pai e de Cristo pelos homens. Nela reconhecemos o ícone do amor supremo, onde aprendemos a amar o que Deus ama e como Ele o faz: esta é a Boa Nova que devolve a esperança ao mundo.
Voltemos agora os nossos olhos para a Virgem Maria, que nos foi entregue por Mãe no Calvário, e supliquemos-Lhe que nos apoie com a sua amorosa proteção no caminho da vida, particularmente quando passarmos pela noite da dor, para conseguirmos permanecer como Ela firmes ao pé da cruz. Muito obrigado.
Formações
Separar do pecado o pecador
Não podemos fazer do pecado um projeto de vida
Na Carta Encíclica “Spe Salvi”, o Papa Bento XVI diz que o juízo de Deus é para nós fonte de esperança. Como coisas tão trágicas – como o inferno e o juízo de Deus – podem trazer esperança? Existem pregadores que não querem falar do inferno e dizem que Deus é amor, misericórdia, por isso como poderia existir o inferno. Isso é artimanha do diabo: transformar a confiança em Deus em presunção, ou seja, a pessoa não leva a sério suas responsabilidades porque tem a presunção de que será perdoada!
Nunca pregamos tanto a misericórdia de Deus e estivemos tão atolados em pecados como agora, tudo isso por causa da presunção. E assim muitos pensam: “Se o inferno não existe, o que tem se eu roubar esse dinheiro?” Se não acreditamos mais na existência do inferno nos transformamos em pessoas para além do bem e do mal. O pecado é aquilo que me destrói, me faz uma pessoa pior, e eu não posso agora usar a misericórdia de Deus para justificar minha destruição.
A mãe ama seu filho, mas odeia o pecado que o destrói. Nós que somos seguidores do Deus, que é Amor, temos de alimentar em nosso coração um amor infinito pelos pecadores e ódio supremo pelo pecado. Temos de ser capazes de dividir essas duas realidades.
A grande diferença entre o cristão e o não cristão, no campo moral, é que o cristão peca e odeia o seu pecado, e o não cristão peca e faz do pecado um projeto de vida, um jeito de viver.
Nós precisamos usar essa espada que divide pecado e pecador. Nós amamos nossos irmãos pecadores, mas odiamos o [pecados] que eles fazem. O sacerdote atende os fiéis em confissão, sentado, porque ali ele age como um juiz, para absolver o pecador.
Santo Isaac de Nínive dizia o seguinte: “O homem que chora os próprios pecados é maior que este que ressuscita os mortos”. Por quê? Quando você chora os próprios pecados o Reino de Deus está acontecendo em você. Existem pessoas com o coração fechado, fechadas para Deus e para a bondade. Pessoas assim, soberbas, duras, não se dobram ao Senhor. E também há pessoas como nós, que temos esse coração medíocre, somos honestos, mas de vez em quando mentimos; nós rezamos, mas de vez em quando perseguimos quem reza; perdoamos, mas também guardamos mágoa. Imagine se vamos entrar no céu com um coração assim? Não pode ser!
De nada nos adianta dizermos que amamos a Deus Pai se não odiarmos os nossos pecados para sermos d'Ele. Se você se arrepende dos pecados, o Todo-poderoso precipita o pecado no inferno e salva o pecador. Nós precisamos chegar no céu com o coração transformado, e isso é misericórdia de Deus para nós.
O inferno existe não porque Deus não é misericórdia, mas porque somos livres para voltarmos nossas costas para o Senhor. Então leve a sério a sua vida, tenha medo de perder Deus! Ao mesmo tempo, devemos ter infinita confiança n'Ele, confiança de que Ele não morreu inutilmente e de que Ele fará de tudo para nos salvar.
Por isso, ninguém está autorizado a parar de pregar sobre a existência do inferno. O julgamento de Deus Pai nos fins dos tempos é para nós fonte de grande esperança. Nosso Senhor quer nos salvar. Se você vê que na sua família há pessoas fazendo do pecado um projeto de vida, ajude-as a sair desse mal.
Nunca pregamos tanto a misericórdia de Deus e estivemos tão atolados em pecados como agora, tudo isso por causa da presunção. E assim muitos pensam: “Se o inferno não existe, o que tem se eu roubar esse dinheiro?” Se não acreditamos mais na existência do inferno nos transformamos em pessoas para além do bem e do mal. O pecado é aquilo que me destrói, me faz uma pessoa pior, e eu não posso agora usar a misericórdia de Deus para justificar minha destruição.
A mãe ama seu filho, mas odeia o pecado que o destrói. Nós que somos seguidores do Deus, que é Amor, temos de alimentar em nosso coração um amor infinito pelos pecadores e ódio supremo pelo pecado. Temos de ser capazes de dividir essas duas realidades.
A grande diferença entre o cristão e o não cristão, no campo moral, é que o cristão peca e odeia o seu pecado, e o não cristão peca e faz do pecado um projeto de vida, um jeito de viver.
Nós precisamos usar essa espada que divide pecado e pecador. Nós amamos nossos irmãos pecadores, mas odiamos o [pecados] que eles fazem. O sacerdote atende os fiéis em confissão, sentado, porque ali ele age como um juiz, para absolver o pecador.
Santo Isaac de Nínive dizia o seguinte: “O homem que chora os próprios pecados é maior que este que ressuscita os mortos”. Por quê? Quando você chora os próprios pecados o Reino de Deus está acontecendo em você. Existem pessoas com o coração fechado, fechadas para Deus e para a bondade. Pessoas assim, soberbas, duras, não se dobram ao Senhor. E também há pessoas como nós, que temos esse coração medíocre, somos honestos, mas de vez em quando mentimos; nós rezamos, mas de vez em quando perseguimos quem reza; perdoamos, mas também guardamos mágoa. Imagine se vamos entrar no céu com um coração assim? Não pode ser!
De nada nos adianta dizermos que amamos a Deus Pai se não odiarmos os nossos pecados para sermos d'Ele. Se você se arrepende dos pecados, o Todo-poderoso precipita o pecado no inferno e salva o pecador. Nós precisamos chegar no céu com o coração transformado, e isso é misericórdia de Deus para nós.
O inferno existe não porque Deus não é misericórdia, mas porque somos livres para voltarmos nossas costas para o Senhor. Então leve a sério a sua vida, tenha medo de perder Deus! Ao mesmo tempo, devemos ter infinita confiança n'Ele, confiança de que Ele não morreu inutilmente e de que Ele fará de tudo para nos salvar.
Por isso, ninguém está autorizado a parar de pregar sobre a existência do inferno. O julgamento de Deus Pai nos fins dos tempos é para nós fonte de grande esperança. Nosso Senhor quer nos salvar. Se você vê que na sua família há pessoas fazendo do pecado um projeto de vida, ajude-as a sair desse mal.
(Texto adaptado da pregação de setembro de 2010).
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