sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Entenda como o álcool afeta o organismo

Álcool / reportagens

Por Alessandra Borges
Produtora Destrave
São muitos os efeitos causados pelo consumo da bebida alcoólica no organismo a longo prazo, principalmente quando este é exagerado.
Para muitos, não há nada melhor do que beber um copo de cerveja bem gelada nos dias quentes ou se sentar num barzinho com os amigos e saborear alguns petiscos com um copinho do lado. No entanto, este hábito rotineiro pode se tornar um vício, ou melhor, um grande vilão para a saúde.
A médica gastroenterologista Márcia Mayumi Fujisawa explica que a bebida alcoólica, ao ser ingerida, produz efeitos diferentes de organismo para organismo dependendo da quantidade.
“A bebida é absorvida em pequena quantidade e de forma lenta pelo estômago, mas de um modo mais rápido pelo intestino, chegando então ao fígado. No estômago, ela pode provocar gastrite aguda”, pontuou Fujisawa.
Segundo a médica, no momento em que a bebida alcoólica atinge o fígado ocorre um processo de metabolização dessa substância pelo organismo, ou seja, depois que ela entra na corrente sanguínea uma série de efeitos começam a surgir. Por exemplo, o rosto fica com uma coloração mais avermelhada, pode haver a aceleração do coração (taquicardia), a pressão sanguínea pode cair um pouco, pode haver uma lentidão dos movimentos e uma sensação de bem-estar e euforia que, dependendo da quantidade ingerida, pode levar a uma fala mais arrastada, dificuldade de caminhar em linha reta e sonolência.
“Além do fígado, todos os outros órgãos ficam comprometidos com doses diárias de álcool”, destaca Dra. Márcia.
Toda ação produz uma reação e com o álcool o processo é o mesmo, e os efeitos variam de pessoa para pessoa de acordo com a quantidade dessa substância presente na corrente sanguínea.
Pesquisas revelam que, a partir de duas latinhas de cerveja, o cérebro já começa a sentir os primeiros sintomas da presença do álcool no organismo. Desta forma, alguém que ingere muitos miligramas de álcool por dia vai apresentar, passadas 6 horas após a ingestão da bebida, sensações desagradáveis, como dor de cabeça, náuseas e vômito, conhecidas popularmente como ressacas.
De acordo com a especialista em gastroenterologia, esse mal-estar acontece porque o corpo passa por uma série de reações químicas por conta da ingestão do álcool, substância tóxica para o organismo, sendo necessário intercalar muito líquido com a ingestão alcoólica para que não ocorra uma desidratação.
Clique na imagem para ampliar
“O fato de ingerir muito líquido diminui a desidratação, uma vez que o álcool é diurético, e ainda pode causar vômito e diarreia”, ressaltou a médica.
É importante saber que quanto mais elevado for o nível de álcool no organismo tanto maiores serão as chances de a pessoa entrar em coma alcoólico.
As funções do cérebro, durante o coma alcoólico, são alteradas, a respiração e a consciência ficam mais lentas e o nível de glicose no corpo reduz. Em alguns casos o paciente com esse quadro clínico precisa ser hospitalizado e receber o apoio do setor de cuidados intensivos.
A ingestão de bebida alcoólica também produz efeitos degenerativos no organismo. Um dos órgãos mais afetados é o fígado,  já que é o órgão responsável por retirar o álcool do organismo uma vez que este é ingerido.
Além do fígado, outros órgãos também sofrem as consequências dessa prática, como o estômago por receber grandes quantidades da substância (primeiro órgão a neutralizar essa agressão) e o cérebro que recebe todos os estímulos produzidos por essa substância.

Veja mais
Reportagem special sobre álcool e juventude
Bebida e direção: uma combinação fatal
O que o jovem pode estar escondendo no consumo do álcool

Nenhum comentário:

Postar um comentário