segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mensagem do Dia

Aquele que se converte torna-se bênção para o seu lar e para a sociedade

Postado por: homilia

Depois de atravessar o mar da Galileia, Jesus chegou com Seus discípulos à província de Gadara, onde encontrou um homem endemoninhado (cf. Mc 5,1-20; Mt 8,28-34; Lc 8,26-39).
As narrativas de milagres, frequentes nos Evangelhos, são a expressão do amor libertador e vivificante de Jesus. Em Marcos, o ato inaugural do ministério de Cristo se dá com a expulsão do demônio de um homem na sinagoga. Fica, assim, destacada a libertação da doutrina opressora desse local [sinagoga].
Na narrativa de hoje, Jesus Nazareno liberta um homem em território dos gentios, sob o domínio do Império Romano. A identificação do demônio, que o possuía pelo nome de “legião”, aponta para as legiões romanas que ocupavam esta região. Os porcos, que se arremetem ao mar e perecem, assemelham-se ao exército do faraó no Mar Vermelho, no Êxodo.
O homem libertado por Jesus sai a anunciar a Sua misericórdia, tornando-se um missionário gentio entre os gentios.
Aquele episódio, entre tantos registrados na Bíblia, nos mostra a existência dos demônios, que são espíritos maus, anjos decaídos, que estão na terra com o propósito de prejudicar a humanidade e afrontar a Deus.
Além de influenciar e oprimir os homens, os espíritos malignos chegam a possuir a mente e o corpo de muitas pessoas. Aquele homem tinha muitos demônios que se identificaram com o nome de “legião”. Assim era chamada uma divisão do exército romano composta por 6 mil soldados. Percebe-se que a denominação de uma entidade maligna pode ser ocasional, utilizando uma palavra significativa em dado contexto cultural.
Muitos negam a existência de demônios e atribuem aos problemas mentais quaisquer manifestações desse tipo. Fato é que inúmeras pessoas têm sido libertas pelo nome de Jesus. Se esse Nome tem o poder que a Bíblia lhe atribui, então também é verídica a possessão demoníaca que a mesma Bíblia afirma.
O gadareno vivia nos sepulcros, que eram cavernas. Ali não era lugar para pessoas vivas, mas o demônio o levou para lá. Nisso percebemos o seu propósito de roubar, matar e destruir (cf. João 10,10). A vida daquele homem estava encerrada, perdida. Estava separado da família, dos amigos e da sociedade. Era um morto-vivo morando no cemitério, sem esperança e sem perspectiva. Assim como Deus tem um plano para o ser humano, satanás também o tem, e aquele homem atingira um estágio avançado da execução dos desígnios diabólicos. Quem não segue a Cristo está caminhando com o inimigo rumo à perdição eterna. Ainda que não esteja possesso, está influenciado e dominado pelo mal, podendo chegar a situações muito piores.
Ninguém podia fazer coisa alguma por aquele homem. Não podiam salvá-lo ou ajudá-lo de alguma forma. Então, tentavam prendê-lo, talvez com a intenção de protegê-lo de si mesmo. Entretanto, os demônios se manifestavam com fúria, despedaçando correntes e cadeias. Ele era incontrolável. Nenhum ser humano tem força para controlar um demônio. O que dizer de milhares? Aquele homem precisava conhecer Jesus.
O possesso vivia perturbado. Era feroz e ameaçador (cf. Mt 8,28). Não tinha descanso. Não conseguia dormir. Andava nu, gritando, dia e noite, enquanto se feria com pedras. O inferno será muito pior do que isso. Neste endemoniado estava uma amostra do tormento eterno. Muitas pessoas, mesmo não estando possessas, estão oprimidas pelo inimigo e são descontroladas, inquietas, agitadas, vivem ferindo a si mesmas e aos outros. Precisam de um encontro com Jesus. Os que estão nas mãos de satanás vão acumulando feridas diversas, numa vida de dor e sofrimento atroz. Cristo é o único que pode lhes trazer libertação e salvação.
O demônio reconheceu Jesus imediatamente e se prostrou para adorá-Lo, como fazia quando era um anjo de Deus. Naquele momento, o espírito mau deu o seu testemunho de que Jesus é o Filho de Deus. Algo tão difícil para as pessoas acreditarem e reconhecerem, era fato natural para aquela entidade maligna.
Imediatamente, o Senhor Jesus expulsou a legião daquele homem. Quando o gadareno encontra o Nazareno, tudo muda. O Senhor faz o que ninguém mais pode fazer. O endemoniado não podia libertar a si mesmo da escravidão espiritual. Os outros também não podiam libertá-lo. Mas sim, o Filho de Deus. Ele, sim, veio trazer liberdade aos cativos, desfazendo as obras do mal.
Jesus atendeu ao pedido daqueles espíritos, permitindo que eles entrassem nos porcos. Imediatamente, aqueles animais foram precipitados no despenhadeiro, caindo no mar e morrendo afogados. Creio que era isso que os demônios pretendiam fazer ao gadareno. Então, por que não fizeram? Eles só agem dentro dos limites da permissão divina (cf. Mc 5,13). Além disso, os demônios usavam aquele corpo como casa (cf. Mt 12,43-44) e não iriam destruí-lo tão cedo. O diabo utiliza seus escravos para fazer suas obras malignas neste mundo. Por isso, é útil para ele que suas vidas miseráveis sejam prolongadas por algum tempo.
Depois da libertação, o gadareno parecia outro homem. Foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo (cf. Mc 5,15). A conversão é o início de uma nova vida, com equilíbrio, sossego, descanso, paz, dignidade, ordem e decência. Além de ter sido liberto, aquele homem foi salvo (cf. Lc 8,36).
Muitas pessoas vieram vê-lo, mas não glorificaram a Deus por sua libertação. O momento era propício ao louvor e à ação de graças, mas houve murmuração. Os demônios adoraram a Jesus, mas o povo não O adorou. Muitos ficaram revoltados contra Ele por causa da morte dos porcos. Portanto, aquele homem não tinha valor algum para o seu povo; os porcos eram considerados mais importantes. A perda financeira foi mais sentida do que o ganho humano e espiritual. O materialismo dominava aquela gente. Encontraram Cristo, mas não foram salvos. Resolveram expulsá-Lo daquela cidade. Que situação estranha! Jesus expulsou os demônios de um homem e depois foi expulso do lugar. Qual é a nossa atitude para com Jesus? Hoje, da mesma forma, cada pessoa deve tomar a decisão de acolher Jesus ou rejeitá-Lo.
O gadareno liberto pediu para seguir a Jesus, mas o Senhor não permitiu. Cristo havia atendido a um pedido dos demônios, mas não atendeu à oração daquele homem. Por quê? Jesus tinha um propósito para ele naquele lugar. Vemos nisso o amor e a misericórdia para com aquele povo ímpio que rejeitou o Senhor. Ele deixou o gadareno ali como o pregador, dando seu testemunho para todos, começando pela sua casa. Agora que estava liberto, poderia retomar a normalidade da sua vida. Sua família também tinha sido abençoada com a ajuda daquela libertação. Aquele que se converte torna-se bênção para o seu lar e para a sociedade.
Neste episódio, os discípulos nada fizeram, senão aprender com o Mestre aquilo que deveriam realizar após a Sua ascensão. Jesus subiu ao céus, mas encarregou Sua Igreja de continuar Sua obra de libertação. Assim, por intermédio de nós, Jesus continua libertando. Aqueles que alcançam a libertação e a salvação saem de uma vida de tormento e começam a usufruir a alegria de Deus em seus corações e se tornam Evangelhos vivos para os seus.
Padre Bantu Mendonça

Domingo, 29 de janeiro de 2012, 11h14

Na lógica de Deus autoridade não é poder, mas serviço, explica Papa

Papa solta duas pombas, da janela de seus aposentos, como símbolo de paz para Roma e para o mundo inteiro
Para Deus, “autoridade significa serviço, humildade, amor”, destacou o Papa Bento XVI, antes da oração do Angelus, ao meio-dia deste domingo, 29, na praça de São Pedro, no Vaticano. O Santo Padre comentou o Evangelho do dia, que apresenta Jesus na sinagoga de Cafarnaum, curando um possesso e “ensinando como quem tem autoridade”, não como os escribas.

O Papa recordou que o texto do Evangelho fala da admiração suscitada por Jesus pelo modo como ensinava, curando ao mesmo tempo das enfermidades e escravidões alguns dos que o escutavam: “à eficácia da palavra, Jesus unia a dos sinais de libertação do mal”.

“A autoridade divina não é uma força da natureza. É o poder do amor de Deus que cria o universo e, encarnando-se no Filho Unigênito, descendo na nossa humanidade, purifica e restabelece o mundo corrompido pelo pecado”, explicou Bento XVI. Como escreve Romano Guardini, “toda a existência de Jesus traduz a potência da humildade… a soberania que se abaixa à forma de servo”.

O Santo Padre explicou que, para o homem, muitas vezes, autoridade significa posse, poder, domínio e sucesso, mas para Deus, autoridade significa serviço, humildade e amor. "[Para Deus] significa entrar na lógica de Jesus que se inclina para lavar os pés dos discípulos, que procura o verdadeiro bem do homem, que cura as feridas, que é capaz de um amor tão grande (ao ponto) de dar a vida, porque é o Amor", enfatizou.

Após a oração do Ângelus, Bento XVI saudou os jovens da Ação Católica, que se reuniram na Praça de São Paulo, participando de uma "Caravana da Paz", com seus familiares e educadores.“Caros adolescentes, também este ano destes vida à 'Caravana da Paz'. Agradeço-vos e encorajo-vos a levar por toda a parte a paz de Jesus”.

Em seguida, uma das crianças da Ação Católica de Roma, leu uma mensagem ao Papa. Logo após, o Pontífice soltou duas pombas brancas, como símbolo de paz para Roma e para o mundo inteiro.

Bento XVI recordou também o Dia Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa. “Em profunda comunhão com o Patriarca Latino de Jerusalém e o Custódio da Terra Santa, invoquemos o dom da paz para aquela Terra abençoada por Deus”, disse.

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