quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Papa faz Comentário sobre a Liturgia

O Papa: liturgia “não pode ser idealizada ou modificada pela comunidade individual ou por especialistas”.
A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu “fazer”, mas é ação de Deus em nós e conosco.

Assim, não é o indivíduo – sacerdotes ou fiel – ou o grupo que celebra a liturgia, mas essa é primeiramente ação de Deus através da Igreja, que tem sua história, a sua rica tradição e a sua criatividade. Essa universalidade e abertura fundamental, que é própria de toda a liturgia, é uma das razões pelas quais essa não pode ser idealizada ou modificada pela comunidade individual ou por especialistas, mas deve ser fiel às formas da Igreja universal.


Também na liturgia da menor comunidade está sempre presente a Igreja inteira. Por isso não existem “estrangeiros” na comunidade litúrgica. Em cada celebração litúrgica participa junto toda a Igreja, céu e terra, Deus e os homens. A liturgia cristã também se celebra em um lugar e em um espaço concreto e expressa o “sim” de uma determinada comunidade, por sua natureza católica, provém de todos e conduz a todos, em unidade com o Papa, com os Bispos, com os crentes de todas as épocas e de todos os lugares. Quanto mais uma celebração é animada por esta consciência, mais frutuosamente se realiza nela o sentido autêntico da liturgia.

Caros amigos, a Igreja torna-se visível de vários modos: na ação caritativa, nos projetos de missão, no apostolado pessoal que cada cristão deve realizar no próprio ambiente. No entanto, o lugar no qual a Igreja é experimentada plenamente é na liturgia: essa é o ato no qual acreditamos que Deus entra na nossa realidade e nós podemos encontrá-Lo, podemos tocá-Lo. É o ato no qual entramos em contato com Deus: Ele vem a nós, e nós somos iluminados por Ele. Por isso, quando nas reflexões sobre liturgia nós centramos a nossa atenção somente sobre como torná-la atraente, interessante, bonita, corremos o risco de esquecer o essencial: a liturgia se celebra por Deus e não por nós mesmos; é obra sua; é Ele o sujeito; e nós devemos nos abrir a Ele e nos deixar guiar por Ele e pelo seu Corpo que é a Igreja.

Da catequese do Santo Padre, o Papa Bento XVI, sobre a oração litúrgica – 3 de outubro de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário