Ao sabor das ondas
São muitas as ondas do momento, por isso o nosso coração precisa
estar ancorado em Jesus, para não “vivermos como crianças, ao sabor das
ondas” (Ef 4,14).
A sabedoria consiste em submetermos, constantemente, as nossas
emoções à ação do Espírito Santo, o Mestre da Verdade, que quer nos
conduzir ao pleno conhecimento de Deus.
Oremos assim: “Vinde, Espírito Santo, e conduzi-me em todos os momentos da minha vida”.
Jesus, eu confio em Vós!
São Severino

O
santo de hoje nasceu e faleceu no século V. Nascido na África,
inspirado pelo Espírito Santo, ele foi levado para uma outra região no
vale do Danúbio. Isso não quer dizer que o lugar que Deus lhe indicou
era o melhor. Pelo contrário, desafios econômicos e políticos,
falecimento do rei dos Hunos, Átila; destruição naquele lugar por causa
das invasões. Enfim, o povo estava perecendo. Para isso que São Severino
foi enviado, para ser sinal desse amor de Deus.
Grande influência ele exerceu pela sua vida de virtudes, de oração e
penitência. Fundou vários mosteiros e foi sinal de discernimento para
tantas pessoas que queriam se consagrar totalmente a Deus. Ele não fugiu
do mundo; pelo contrário, retirou-se por causa do amor de Deus e de
toda a humanidade. Quantas vezes, São Severino deixou a sua vida
monástica para ir ao encontro de reis, porque, se o rei dos Hunos havia
falecido, muitas tribos bárbaras queriam invadir aquelas regiões. Em
prol da evangelização, São Severino foi se desdobrando, seus mosteiros
se tornaram verdadeiros faróis de uma nova cultura, de uma civilização
centrada em Deus. Suas armas: oração e diálogo.
São Severino, voz de Deus nos períodos difíceis do povo. Em 482,
faleceu, mas deixou um rastro de santidade para os seus filhos
espirituais e para as autoridades.
São Severino, rogai por nós!
Jesus se compadeceu da multidão que O seguia, pois era como que “ovelhas sem pastor”.
Os Evangelhos nos relatam que Ele – por
duas vezes – multiplicou pães e peixes para atender à multidão que O
seguia até uma região “deserta” (longe de cidades) e, ali, ficava
ouvindo-O e recebendo curas, mas, por não se terem munido de alimentos,
estavam a ponto de passar fome. Aproveitando o que os discípulos
dispunham: cinco pães e dois peixes, mandou que o povo se assentasse em
grupos de 100 e de 50. Tomando os pães e os peixes, Ele ergueu os olhos
aos céus, deu graças e os abençoou. Depois, fez a repartição entre os
discípulos e estes para o povo. Todos comeram à vontade: milhares de
homens, além das mulheres e crianças. E como se não bastasse, ainda
sobraram doze cestos com pedaços de pão e de peixe, que Jesus mandou
recolher para nada se perder.
Assim como Jesus se compadeceu da
multidão, também na nossa vocação cristã somos chamados a ter compaixão
do povo, sobretudo do sofredor. Nossa vida cristã deve conduzir-nos à
prática da misericórdia para com os irmãos. Esse é o grande testemunho
de que o mundo precisa, e é uma exigência que brota das palavras de
Jesus no Seu Evangelho: “Jesus viu uma numerosa multidão e teve
compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”.
Jesus conduz seus discípulos a um lugar
deserto para que repousassem, atravessando o mar da Galileia em um
barco. Porém, ao desembarcarem, já uma grande multidão os espera.
Incansavelmente e tomado de compaixão, Ele se põe a lhes ensinar. Com o
passar do tempo, faz-se necessário que todos se alimentem. A solução dos
discípulos é que seja comprado o alimento. Jesus propõe outra solução:
“Vós mesmos dai-lhes de comer!”, e eles não entendem. Abençoando cinco
pães e dois peixes que tinham, Jesus os partilha com a multidão. Aqueles
que tinham alimentos aderem à partilha e todos ficam saciados. Jesus
toca os corações e os transforma pelo amor.
O milagre da multiplicação dos pães se chama misericórdia e compaixão, perdão, partilha, justiça, amor e paz.
Hoje, fala-se muito da fome no mundo.
Quem não viu imagens de crianças famintas da África que mais parecem
esqueletos? Deus conta conosco para repartir o Seu “Pão” com todos
aqueles que têm fome de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de
esperança.
O pão partilhado sacia a fome de todos e
ainda sobra. Não será esse o caminho a ser seguido, também em nossos
dias, para resolver o grave problema da fome no mundo?
Padre Bantu Mendonça
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