quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mensagem do Dia

Como agir bem todo o tempo?

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Desde o amanhecer, precisamos dispor a nossa vontade à ação de Deus, para que tenhamos equilíbrio em nossos atos. Em muitos momentos, principalmente nos desencontrados, precisamos fazer atos de vontade de forma a não desrespeitarmos nem agredirmos os nossos irmãos de alguma forma.
Muitas vezes, nós nos deixamos arrastar pelos nossos sentimentos e até mesmo que eles tenham a última palavra na nossa vida. No entanto, a sabedoria consiste em deixar-se conduzir sempre pelo Espírito Santo, que sonda o mais íntimo do nosso ser e vem em socorro das nossas fraquezas.
O Senhor sempre abençoa os nossos bons propósitos, como diz nos o salmista: “Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador” (Sl 23,5).
Peçamos hoje ao Senhor a graça de não agirmos pelos nossos impulsos, e sim pelo impulso do Espírito Santo.
Jesus, eu confio em Vós!


ENF 2011

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Você pode não ter conseguido vir ao Encontro Nacional de Formação, em Lorena/SP. Mas nem por isso ficará desinformado sobre o que acontece durante o evento. A Equipe de Comunicação da RCCBRASIL está empenhada em fazer a cobertura do que ocorre no ENF. Veja como acompanhar:

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

De 26 a 30 de janeiro de 2011 em Lorena–SP

Encontro-Nacional-2011

Formações
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A tristeza mata

Saiba transformar um momento de tensão num momento de descontração
Com um rosto sorridente, o homem duplica as capacidades que possui. Um coração alegre faz tanto bem quanto os remédios; mas a tristeza mata. O povo diz sabiamente que quem canta seus males espanta.

Quando você mergulha na tristeza, não consegue subir um degrau; mas se se firma na alegria, consegue galgar montanhas.
Acho que você já ouviu a história daquele rapaz que andava triste porque não tinha sapatos, até que encontrou alguém que não tinha os pés... estancou as lágrimas no mesmo instante.
Veja o que a Palavra de Deus diz da tristeza:

"Ao justo nenhum mal pode abater, mas os maus enchem-se de tristezas" (Pr 12, 21).

"Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos" (Eclo 30,22).

"Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma" (Eclo 30,24-25).

"Um coração perverso é causa de tristeza, mas o homem experiente resistir-lhe-á" (Eclo 36,22).

"Pois a tristeza apressa a morte, tira o vigor, e o desgosto do coração faz inclinar a cabeça" (Eclo 38,19).

"Não entregues teu coração à tristeza, mas afasta-a e lembra-te do teu fim" (Eclo 38,21).
O remédio para a própria tristeza é procurar com presteza consolar a tristeza dos outros, e entregar a Deus a própria tristeza, na fé. Nada seca tão depressa como uma lágrima, quando enxugamos a lágrima alheia. A caridade produz a alegria; todas as pessoas e grupos que fazem o bem aos outros são alegres.
A alegria não está nas coisas, mas em nós, e ela é para o corpo humano o mesmo que o sol é para as plantas. Quem está contente jamais será arruinado. A vida não aprecia aqueles que se lamentam, mas o que sorriem. A vida coloca de lado os que vivem se lamentando, reclamando e criticando... Ela ama aqueles que a amam.
Nas horas difíceis ou constrangedoras, saiba vencer a tristeza e o mau humor com uma brincadeira saudável, sem ofender os outros. Certa vez, o Papa João XXIII fez uma visita a uma paróquia de Roma; e ao passar pelo povo ouviu uma senhora dizer para outra:

- Nossa, como ele é gordo! O Papa ouviu, virou-se para a mulher e disse sorrindo:
- Minha senhora, o conclave não é um concurso de beleza! E continuou a caminhada.
Um casal viajava com os filhos e, de repente, a esposa começou a se queixar para o marido:
- Você não me abraça mais; não me faz mais aqueles carinhos gostosos que fazia quando a gente viajava junto...
E foi reclamando. Muito tranquilo e sem se ofender a esposa virou para ela e disse:
- Meu bem, naquele tempo a gente não viajava de Kombi com cinco crianças brigando nos bancos de trás! E foi só risada!
Saiba transformar um momento de tensão num momento de descontração, brincando. A lamentação é uma das coisas mais tristes do relacionamento humano; nada resolve e cria um clima de pessimismo, acusação, tristeza e amargura. Estamos acostumados a reclamar das coisas que nos aborrecem, mas não vemos o lado bom que também existe em nossa vida.
São Paulo pede aos filipenses que não fiquem murmurando:
"Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo" (Fl 2, 14-15).
Não fique se queixando tanto dos impostos que você paga, isso significa que você tem emprego, ou tem bens...
Não reclame da confusão que você tem de limpar após uma festa, pois isso significa que você tem amigos...
Não reclame das paredes que precisam ser pintadas, da lâmpada que precisa ser trocada, porque isso significa que você tem onde morar...
Não devo me lamentar porque eu não achei um lugar para estacionar o carro, pois isso significa que além de ter a felicidade de poder andar, tenho um carro que muitos não têm.
Não reclame da senhora que canta desafinado atrás de você, ao menos isso significa que você pode ouvir.
Não reclame do cansaço e dos músculos doloridos que você sente ao final do dia porque isso significa que você tem saúde para trabalhar...
E assim, eu e você poderíamos multiplicar esses exemplos.
Por mais difícil que esteja sua situação, tente sorrir, você verá que será mais fácil passar por mais essa prova... Se não resolver seu problema, agradeça a Deus por eles e peça coragem para enfrentá-los com dignidade.

Não estrague o seu dia. A sua irritação não solucionará problema algum... Suas contrariedades não alteram a natureza das coisas... Seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar... O seu mau humor não modifica a vida.
A sua tristeza não iluminará os caminhos. O seu desânimo não edificará a ninguém. As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você...

Se você acordou nesta manhã com mais saúde do que doença, você é mais abençoado do que um milhão que não sobreviverão neste período. Quantos por este mundo estão enfrentando os perigos das guerras, o horror das bombas, a solidão de uma prisão, ou as aflições da fome!
Quantos não podem frequentar uma igreja sem o medo de molestamento, prisão, tortura ou morte... Quantos não têm comida em casa, roupas, uma casa para morar... Tudo isso nos faz concluir que é uma grande blasfêmia ficar reclamando da vida e da própria sorte.
"O que perturba os homens não são as coisas que acontecem, mas sim a opinião que eles têm delas", disse Demócrito (461-361 a.C). Uma pedra pode ser vista de muitas maneiras, como vemos nesta conhecida mensagem:
O distraído nela tropeçou. O bruto a usou como projétil. O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, cansado, dela fez assento. Para meninos, foi brinquedo. Drummond a poetizou. Já, David matou Golias. Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura. E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu crescimento.
Como diz o povo: se a vida lhe der um limão... faça uma limonada!
Aprendi com o frei Pascoal, na Terra Santa: "Tudo o que nos acontece nos favorece, se a gente não se aborrece e ainda agradece!"
Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Diálogo inter-religioso: saiba como conviver em paz na diferença


O cenário quase sempre se repete: quando grupos religiosos diferentes se encontram, surgem cenários de tensão. E isso não apenas em temáticas doutrinárias – muitas vezes, os conflitos se agravam e podem se traduzir em situações de violência. Segundo um relatório anual da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), África e Ásia são as regiões do globo em que esse contexto é mais salutar, embora haja focos espalhados por todos os cantos, em maior ou menor escala.

Tolerância, relação, diálogo, conhecimento recíproco: são essas as saídas apontadas por diversos especialistas para que o encontro entre crentes de religiões distintas não seja necessariamente sinônimo de violência.

Segundo o doutor em Ciência da Religião e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Roberlei Panasiewicz, uma das principais pontes que viabilizam o diálogo inter-religioso é o relacional. “Cada religião tem a sua percepção, a partir de seu horizonte cultural, acerca de Deus. Quanto mais conversarem entre si, melhor será a percepção que cada um terá acerca de sua própria fé, também se enriquecendo com a visão do outro”, afirma.

Acesse as reportagens da série sobre liberdade religiosa
.: Cristãos precisam ser corajosos para anunciar a fé, defende Núncio
.: Fundamentalismo religioso e islamismo: saiba mais sobre o assunto
.: Liberdade religiosa: conheça o ensinamento da Igreja sobre tema
.: Cristãos são os mais perseguidos no mundo
.: Liberdade religiosa continua sendo violada no mundo


A doutora em Ciências da Religião e professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Irene Dias de Oliveira, acredita que as saídas são várias, elencando especialmente o conhecimento do outro como condição fundamental para o diálogo. “Do próprio ponto de vista antropológico, enquanto não conhecemos, ficamos amedrontados; a tendência é ir ao encontro do outro com receios, reservas. Já o diálogo leva à comunhão, ao encontro, ao debate sem agressividade”, destaca.

Nada disso significa que seja preciso perder a própria identidade religiosa para que o diálogo com o diferente seja viável.

“Vou continuar quem sou, mas reconhecendo que o outro é tão importante quanto eu. O problema de fundo é partir para o reconhecimento do outro enquanto meu irmão. O risco existe quando a manutenção da minha identidade religiosa leva a obrigar que o outro seja igual a mim, de modo impositivo”, complementa Irene.

A tolerância é o direito sagrado de divergir, de ser, pensar, viver de modo diferente.

“É uma realidade difícil na esfera religiosa porque se está lidando com a forma de compreender e se relacionar com o Absoluto, em que cada um entende que a sua é a única verdadeira. A raiz da intolerância encontra-se em querer obrigar todos a pensarem do mesmo modo e não permitir que a diferença do outro apareça”, agrega Roberlei.

O professor cita o encontro entre João Paulo II e líderes de diversas tradições religiosas para orar pela paz, que aconteceu em Assis, em 1986, e foi convocado novamente por Bento XVI para outubro deste ano - 25 anos depois -, como exemplo de duas formas concretas de diálogo: a oração e a ética, buscando respostas para o questionamento: Como as religiões podem auxiliar conjuntamente a construir de modo efetivoi a paz no mundo?
Humanidade

Há correntes teóricas defensoras da ideia de que a religião é uma das grandes fontes de violência no mundo. No entanto, o problema real são as interpretações dos adeptos acerca do texto sagrado, da doutrina. Aí surge um desafio: apresentar e viver a religião como fator de contributo na sociedade, e não como algo que prejudica o corpo social.

“O que está em discussão é o ser humano. Deve-se unir em nome da causa humana, e daí a necessidade de conhecer profundamente o outro, não em abstrato, mas em concreto. Há uma humanidade que nos acomuna, e é esse princípio fundamental que deve levar a romper barreiras. É preciso ir ao encontro sabendo que o outro também é frágil, vulnerável, limitado pelas circunstâncias, assim como eu. É preciso notar que a verdade do outro não precisa necessariamente confrontar com a minha, mas que podemos dialogar em nome de um princípio comum, que é o bem da humanidade”, defende a professora Irene.

O etnocentrismo – tendência de achar que tudo do que é próprio é melhor que o outro – é uma das principais causas de fechamento ao diálogo, caracterizando-se como uma mentalidade que precisa ser combatida, caso se deseje que o diálogo inter-religioso seja frutuoso. Não é à toa que o professor Roberlei propõe dois critérios para assegurar a validez do argumento religioso: a preocupação com a vida e a busca da felicidade dos adeptos.

Sociedade

Na América Latina, o cenário apresenta uma crescente no embate entre iniciativas estatais e o pensamento cristão-católico, de tal forma que parece não serem mais reconhecidas as ligações histórico-culturais entre catolicismo e as nações do continente.

É normal que toda e qualquer religião demarque sua identidade, propondo uma cosmovisão - visão de mundo - para seus fiéis, através da resposta às perguntas básicas: De onde vim? Que faço aqui? Para onde vou?. No contexto global de pluralismo, o importante é que essa cosmovisão esteja aberta ao diálogo com outras religiões, cultura, governo, e até mesmo não crentes.

“A saída é mesmo o relacional, que vai oferecer melhores condições, perspectivas, para que a sociedade possa promover a solidariedade, a promoção de vida para todos. Minha perspectiva é que as religiões terão que aprender a conviver para que mundo tenha mais paz, para que a vida seja valorizada em todos os aspectos”, diz Roberlei.

Já o diálogo entre religião e Estado é uma realidade que precisa ser mantida constantemente, embora penda, às vezes, mais para um lado que para o outro. Aqui, o professor da Puc-Minas lembra que, caso haja uma opção religiosa oficial, as outras não podem ser excluídas; já se a opção oficial é inexistente, deve-se assegurar sempre o respeito recíproco.

O triângulo sociedade – religião – Estado precisa travar diálogo constante para que as diferenças sejam respeitadas. O respeito mútuo é fundamental para que as religiões vivenciem seu grande objetivo, que é aproximar o fiel de Deus, do transcendente, e auxiliar a sociedade no crescimento da solidariedade, da promoção da paz, da vida interpessoal.

“Aí surge a tolerância: aprender a conviver com as diferenças, não como ameaça, mas como valor. O outro, que é diferente de mim, apresenta uma visão diferente, que enriquece a minha”, finaliza o doutor.

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