domingo, 26 de dezembro de 2010

Santo do Dia

Santo Estêvão
Santo Estêvão









Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:

"Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: 'Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus'. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: 'Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou'. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo".

Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:

"'Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes'. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: 'Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus'. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: 'Senhor Jesus, recebe o meu espírito'. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: 'Senhor, não lhes contes este pecado'. E dizendo isto, adormeceu".

Santo Estêvão, rogai por nós!


Evangelho do Dia
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Evangelho (Mateus 2,13-15.19-23)

Domingo, 26 de Dezembro de 2010
Sagrada Família: Jesus, Maria e José

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.
19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Domingo, 26 de dezembro de 2010, 11h28 
Amor do pai e da mãe é essencial para a criança, diz Papa
Bento XVI concede a bênção apostólica aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano
No dia em que a Igreja celebra a festa da Sagrada Família, o Papa reuniu-se com os fiéis na Praça de São Pedro para a tradicional oração mariana do Angelus, neste domingo, 26.

"Disso necessitam as crianças: do amor do pai e da mãe. É isso que lhes dá segurança e que, no crescimento, permite a descoberta do sentido da vida", ressaltou.

O encontro com os peregrinos aconteceu a partir da janela de seu escritório particular no Palácio Apostólico Vaticano, às 9h (no horário de Brasília - 12h em Roma).

Acesse
.: Angelus de Bento XVI na Festa da Sagrada Família
.: Oração do Angelus na voz de Bento XVI

O Pontífice destacou que a narração do Evangelho segundo Lucas (2, 16) - sobre como os pastores de Belém, após receberem o anúncio do anjo, encontraram Maria e José, com Jesus deitado na manjedoura - indica que as primeiras testemunhas oculares do nascimento do Senhor se depararam exatamente com a cena de uma família: mãe, pai e filho recém-nascido.

O Papa recordou ainda que o nascimento de toda a criança traz consigo algo deste mistério:

"Com efeito, os seres humanos vivem a procriação não como mero ato reprodutivo, mas ali percebem a riqueza, intuem que toda a criatura humana que surge na terra é 'sinal' por excelência do Criador e Pai que está nos céus. Quanto é importante, então, que toda a criança, vindo ao mundo, seja acolhida pelo calor de uma família! Não importam as comodidades exteriores".

Por fim, Bento XVI disse que a Sagrada Família é singular, irrepetível, "mas, ao mesmo tempo, é 'modelo de vida' para toda a família".

A liturgia prevê a celebração desta festa no primeiro domingo após o Natal, o que, neste ano, aconteceu exatamente um dia depois, prevalecendo sobre a festa do protomártir Santo Estevão, também marcada para esta data.
Leia mais
.: Imaculada Conceição de Maria: o que significa? 

Angelus de Bento XVI na Festa da Sagrada Família 2010

Queridos irmãos e irmãs!

O Evangelho segundo Lucas narra que os pastores de Belém, após terem recebido do anjo o anúncio do nascimento do Messias, "foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura" (2, 16). Às primeiras testemunhas oculares do nascimento de Jesus apresentou-se, portanto, a cena de uma família: mãe, pai e filho recém-nascido. Por isso, a Liturgia faz-nos celebrar, no primeiro domingo após o Natal, a festa da Sagrada Família. Neste ano, ela acontece exatamente um dia depois do Natal e, prevalecendo sobre aquela de Santo Estevão, convida-nos a contemplar esse "ícone" em que o pequeno Jesus aparece no centro do afeto e dos cuidados de seus pais. Na pobre gruta de Belém - escrevem os Padres da Igreja - refulge uma luz vivíssima, reflexo do profundo mistério que envolve aquele Menino, e que Maria e Jose guardam em seus corações e deixam transparecer nos seus olhares, nos gestos, sobretudo nos seus silêncios. Esses, de fato, conservam no íntimo as palavras do anúncio do anjo a Maria: "aquele que nascerá será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35).

No entanto, o nascimento de toda criança traz consigo algo deste mistério! Sabem-no bem os pais que a recebem como um dom e que, muitas vezes, assim se expressam. A todos nós é comum sentir dizer a um pai e a uma mãe: "Esta criança é um dom, um milagre!". Com efeito, os seres humanos vivem a procriação não como mero ato reprodutivo, mas ali percebem a riqueza, intuem que toda a criatura humana que surge na terra é "sinal" por excelência do Criador e Pai que está nos céus. Quanto é importante, então, que toda a criança, vindo ao mundo, seja acolhida pelo calor de uma família! Não importam as comodidades exteriores: Jesus nasceu em um estábulo e como primeiro berço teve uma manjedoura, mas o amor de Maria e de José lhe fez sentir a ternura e a beleza de ser amado. Disso necessitam as crianças: do amor do pai e da mãe. É isso que lhes dá segurança e que, no crescimento, permite a descoberta do sentido da vida. A Sagrada Família de Narazé atravessou muitas provas, como aquela - recorda no Evangelho segundo Mateus - do "massacre dos Inocentes", que obrigou José e Maria a emigrarem para o Egito (cf. 2, 13-23). Mas, confiando na divina Providência, eles encontraram a sua estabilidade e proporcionaram a Jesus uma infância serena e uma sólida educação.

Queridos amigos, a Sagrada Famíliz é certamente singular e irrepetível, mas, ao mesmo tempo, é "modelo de vida" para toda a família, porque Jesus, verdadeiro homem, desejou nascer em uma família humana, e assim fazendo, a abençoou e consagrou. Confiamos, portanto, a Nossa Senhora e a São José todas as famílias, a fim de que não se desencorajem frente às provações e dificuldades, mas cultivem sempre o amor conjugal e se dediquem com confiança ao serviço da vida e da educação.

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