sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Santo do Dia

São Pedro Claver

São Pedro Claver O papa Leão XIII, ao canonizar São Pedro Claver, declarou: "Pedro Claver é o santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo".

Nasceu em Verdú, na Catalunha (Espanha) em 1580. Desejando os piedosos pais consagrar o filho ao serviço do altar, enviaram Pedro à Salsona para estudar os primeiros elementos da gramática. Com 15 anos, o Bispo de Salsona conferiu-lhe a primeira tonsura e, aos 21 anos, entrou na Companhia de Jesus em Barcelona. Pedro era devotíssimo da Virgem Maria e um profundo adorador de Jesus Eucarístico. Após os estudos, Pedro foi ordenado sacerdote e enviado como missionário à Cartagena, porto da Colômbia, onde viveu seu apostolado entre os escravos por mais de quarenta anos.

Em Cartagena, Pedro Claver estava diante de um dos três portos negreiros da América Espanhola, onde a cada ano chegavam de 12 a 14 navios carregados de escravos.

Os escravos trazidos ou "roubados" da África ficavam durante a viagem nos porões escuros do navio, que não tinham condições para abrigar seres humanos. Eram tratados com menos cuidado do que os animais selvagens, e por fim os que não morriam, eram vendidos.

Sem dúvida, o mercado dos escravos foi a página mais vergonhosa da colonização das Américas. Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas sofriam perseguições e eram expulsos. O Papa proibiu repetidas vezes o comércio de escravos, mas a voz da Igreja não comovia a dureza dos comerciantes e nem das autoridades.

Durante mais de quarenta anos, a vida de Pedro Claver foi servir àqueles escravos, cuidando deles, do físico ao espiritual. Claver fazia de tudo para evangelizar um por um. Por suas mãos passaram mais de trezentos mil escravos.

No dia 3 de abril de 1622, Pedro Claver acrescentou aos votos religiosos de sua profissão mais um voto: o de gastar a vida inteira ao serviço dos negros escravos. Testificando este voto, escreveu de próprio punho: "para sempre escravo dos negros".

Vítima da caridade, acabou morrendo em 1654, com 74 anos de idade e 52 anos de vida religiosa, quando ao socorrer o Cristo excluído e chagado, pegou uma terrível peste.

Foi declarado pelo Papa Pio X especial patrono de todas as missões entre os negros.

São Pedro Claver, rogai por nós!


Evangelho do Dia
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Homilia do Dia

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Estamos diante de mais uma parábola que se refere aos que espiritualmente não veem nada, dos que se encontram doentes por causa do pecado, mas que se julgam sãos e em condições de julgar, orientar e guiar os outros que acham estar também doentes. Por isso, Jesus chama-nos à atenção: “Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco”.
Para que possamos sair da condição de cegueira e sermos guias dos outros precisamos, em primeiro lugar, nascer de novo e nos expor à Palavra de Deus dia a dia, pois é ela que nos limpa e nos abre os olhos sobre nossos erros.
Também é importante que tenhamos pessoas maduras e verdadeiramente espirituais ao nosso lado, que nos ajudem a ver o que ainda não conseguimos devido à nossa imaturidade. Veja o que diz o Mestre: “Nenhum discípulo é mais importante do que o seu mestre. Porém, quando tiver terminado o discipulado, este será igual ao seu mestre”.
Se é verdade que o meu e o seu Mestre é Jesus, então não temos outro caminho a tomar, nem outro fim, senão ser iguais a Ele. Você tem de passar pelo processo de Deus na sua vida, nascendo de novo, batizando-se nas águas e crescendo a cada dia com a ajuda do ensino da Palavra de Deus e do discipulado. Busque um coração humilde, sempre disposto a aprender e a corrigir os próprios erros.
Querer conduzir os outros sem conhecer a Pessoa de Cristo – que é o Caminho, a Verdade e a Vida – será uma “tragédia após tragédia”. As consequências dessa situação serão desastrosas também para o que está sendo guiado. Além de não chegar ao destino desejado, não se conseguirá solucionar os problemas do dia a dia para os quais os princípios da Palavra de Deus apresentam resposta e direcionamento. E como se não bastasse, ambos poderão sofrer prejuízos espirituais, emocionais, físicos, materiais, familiares – para não falar da própria morte.
Portanto, alinhe a sua vida aos princípios da Palavra de Deus, colocando à prova os seus caminhos para ver se eles se mantêm na Verdade.
Assim como os fariseus e as autoridades religiosas da época julgavam as pessoas em geral por seus pecados, estando eles próprios carregados de orgulho e avareza – e totalmente desprovidos de amor e compaixão – hoje o caso se repete quando você e eu, sem conhecer, nem mais nem menos nos colocamos julgando os outros e deixamos os nossos pecados de lado. E então, Jesus não querendo dizer que o povo não tinha pecados a ser confessados, mas, sim, afirmar que a religião fria e, às vezes, até cruel daqueles homens, para Deus, se constituía numa falta mais grave do que o argueiro nos olhos do povo, volta para mim e para você e nos censura: “Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão”.
Não julgue nem condene as pessoas que se encontram em prováveis situações de erro. Guarde o seu coração da crítica ou das palavras de acusação contra o seu semelhante.
Trate primeiro do próprio pecado e de suas debilidades, para depois, com compaixão, poder ver, de fato, e lidar com as dos outros. Muitas vezes, por falta de misericórdia, por nossos corações sempre estarem cheios de julgamentos e condenações e, por outro lado, por nunca sabermos lidar com os próprios erros e nunca chorar pela nossa indiferença, até nos virmos necessitados do favor e da Misericórdia Divina, somos cruéis para com os outros porque nos julgamos sem pecado e acima de qualquer suspeita.
Saiba primeiro lidar sincera e honestamente com a sua fraqueza e os seus pecados antes de estar na condição de ajudar a outras pessoas. Sem essa atitude interior, corremos o risco de nos endurecermos em nossos erros, a ponto de não vê-los mais, além de nos tornarmos insensíveis em relação às fraquezas do próximo. Lembre-se de que os fracos julgam e condenam enquanto os fortes, porém, compreendem e perdoam.
Padre Bantu Mendonça



Moções Proféticas

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A nossa realidade é Deus
Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Que ninguém de vós sofra como homicida , ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Assim, aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (I Pe  4, 12-13.15-16.19)

Deus Pai nos escolheu em Jesus Cristo antes da criação do mundo e nos selou com o Espírito Santo para podermos viver como filhos seus e fazer resplandecer a sua graça que nos foi concedida por Ele no Bem-Amado.(cf Ef 1). Portanto, a nossa vida é Ele, a nossa realidade é Ele. Não são as circunstâncias da nossa vida, não são a nossa família, ou a nossa profissão, ou as coisas que temos que determinam quem nós somos. Independentemente do que está à nossa volta, do que os outros nos dizem ou das coisas que nos acontecem, nós somos filhos e filhas de Deus, escolhidos pelo Pai, resgatados pelo sangue de Jesus e capacitados pelo Espírito Santo para vivermos a nossa vida dando testemunho de que somos filhos.
Tudo na nossa vida vai passar, a não ser pelo amor que recebemos e o amor que damos o resto é tudo passageiro. Só o amor não passa porque o amor vem de Deus e nós somos dele. Tudo na nossa vida pode mudar, só Deus não muda, Ele é estável, seu amor é sempre igual. Podemos perder tudo, mas não a Ele, Ele é para sempre, Ele é o nosso bem, a nossa riqueza, a nossa única certeza. Diante das dificuldades, dores, sofrimentos e perdas que invariavelmente um dia batem à nossa porta, é bom lembrar: a nossa realidade é Deus, não o que nos acontece.   
Diante do sofrimento eminente Jesus disse: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice”. Mas, logo em seguida falou: “Contudo não se faça a minha vontade e sim a tua.” Aceitando o que lhe vinha do pai Ele carregou seu calvário até o fim, até poder dizer “Tudo está consumado”. Recentemente, uma pessoa conhecida perdeu o filho jovem em circunstâncias trágicas e ela disse que lembrar de como Jesus aceitou o sofrimento a estava ajudando a carregar o seu. Dizia ainda ter aprendido que é preciso olhar para além do sofrimento e fixar os olhos em Deus. Alguém lhe falou de uma cruz feita com um buraco no meio, para nos lembrar de olhar para além da cruz, como Jesus fez, olhar para o amor de Deus, e não mergulhar no desespero e na dor da perda. Olhar para além da cruz é confiar no amor do Pai e na sua misericórdia, é confiar na sua promessa de que o Espírito Santo estaria eternamente conosco para nos consolar e nos ajudar a bem viver a nossa vida. Quem sofre em Deus, como cristão, fazendo o bem, sempre é consolado. Quem sofre fixando-se na dor e não no amor, conhece o desespero.
Que o Deus da paz conceda a sua paz, que é dinâmica, que realiza coisas nas nossas vidas, a sua paz que tem o poder de curar, para todos o que sofrem, os que estão doentes, os que perderam entes queridos e lhes dê também a capacidade de entender que o seu sofrimento não é vergonha, não é opróbrio, e sim uma oportunidade de testemunhar que são filhos, filhas de Deus.
Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

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