segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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Bento XVI recebe novo grupo de bispos brasileiros

Da Redação, com Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé


O Papa Bento XVI recebeu nesta segunda-feira, 15, os bispos do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em visita ad Limina ao Vaticano. O regional é formado pelos estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal, e a visita encerra o ciclo de encontros dos bispos brasileiros com o Santo Padre.

No discurso, Bento XVI destacou aos bispos a importância da ação evangelizadora da Igreja na construção da identidade brasileira. "Como bem sabeis, a atual sociedade secularizada exige dos cristãos um renovado testemunho de vida para que o anúncio do Evangelho seja acolhido como aquilo que é: a Boa Notícia da ação salvífica de Deus que vem ao encontro do homem".

.: Leia o discurso na íntegra

O Papa recordou os quase 60 anos da CNBB, que surgiu, como as demais Conferências Episcopais, "para ser um instrumento de comunhão afetiva e efetiva entre todos os membros, e de eficaz colaboração com o Pastor de cada Igreja particular na tríplice função de ensinar, santificar e governar as ovelhas do próprio rebanho".

E concluiu convidando os bispos "a olhar para o futuro com os olhos de Cristo, depondo n’Ele a vossa esperança" e confiando o Brasil à intercessão de Nossa Senhora Aparecida. "Ela vos conduza pelos caminhos de seu Filho", finalizou. 

Cólera já matou mais de 900 pessoas no Haiti

Agência Brasil

O surto de cólera avança no Haiti. Pelos últimos dados, 917 pessoas morreram e cerca de 15 mil foram contaminadas. Em seis das dez províncias do país, a doença foi registrada. Equipes médicas tentam evitar que o cólera se espalhe pelos campos na capital, Porto Príncipe, que servem de lar para mais de 1 milhão de desabrigados pelo terremoto de janeiro.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 200 mil haitianos têm cólera. A epidemia começou no vale do Rio Artibonite no meio do mês de outubro. Inicialmente parecia ter sido contida, mas a passagem do Furacão Tomas, no início de novembro, causou inundações que teriam contaminado, com a bactéria, comunidades de desabrigados que já passavam por dificuldades.

O comando das Nações Unidas apelou para que doadores internacionais repassem US$ 164 milhões a projetos do governo haitiano destinados a conter o avanço da epidemia de cólera.

O porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, Gregory Hartl, alertou que a doença infecciosa está se alastrando pelo território do Haiti. Para especialistas em saúde, as condições sanitárias precárias, assim como as inundações e deslizamentos de terra causados pelo Furacão Tomas, aceleram a disseminação do cólera.

15 de Novembro - Proclamação da República

O Brasil que já fora colônia e império, hoje é república. E inseridos em um processo histórico marcado por diversos contextos políticos, econômicos e sociais próprios de cada época, nós, o Povo Brasileiro, chegamos a uma data importante dentro do espectro em que vivemos e nos identificamos como sociedade e nação. O hoje do ano de 2010, O 15 de Novembro, o dia em que comemoramos a Proclamação da República Federativa do Brasil, que ocorreu no ontem do ano de 1889, é dia que marcou nosso passado, mas que é atemporal em atingir e determinar o nosso presente, e, com certeza, realizar ainda definições para o nosso futuro. Mas de que maneira esta realidade nos atinge e diferencia? O que significa viver num Estado Republicano? Qual a importância deste dia na minha vida hoje? Ou seria apenas mais um “feriado nacional” em que muitas vezes esquecemos até qual é, confundindo-o com outros do calendário que formam a história oficial do meu e do seu país?
Interessante discorrer sobre este assunto, pois como um tema sugerido pelo nosso amigo Pe. Bruno, fui “impelido” a pensar e refletir sobre esta realidade importante, que se não fosse o ato de escrever neste momento e sobre o momento, iria vivê-lo indiferente, apenas como mais um descanso qualquer, um dia livre de responsabilidades de qualquer tipo. Assim sendo, comecei uma pequena busca em estudo para responder as perguntas que nasceram e que agora confrontam e norteiam esta reflexão.
No início da instigante busca, observei a necessidade de recorrer à origem e contexto da palavra República. Sua etimologia advém da palavra latina res publica, em uma tradução literal “coisa pública”, sua expressividade vocabular e filosófica fora criada e utilizada pelos romanos para determinar a diferença de formas de organização do poder após a exclusão dos reis. A partir daí perdurou em dimensões profundas de sentido a noção de que a res publica punha em relevo a coisa pública, a coisa do povo, o bem comum, o que é relativo ao sentido de comunidade. Ou seja, buscando fazer um pequeno paralelo e associação de conceitos, o Estado Republicano é aquele que fundamenta sua organização e sentido de ação na força que emana de seus cidadãos, é a partir destes que se origina e emana o real poder de um governo constituído. No caso do nosso país, o processo de proclamação da república fora um rompimento com o sistema monárquico de governo, que embasava o poder do império na hereditariedade e na tradição, ou seja, Dom João que deixou Dom Pedro I, que deixou Dom Pedro II. Eles, os imperadores, eram a lei máxima, e o que era dito era feito, existia a época um parlamento representativo das elites econômicas do império, mas que era assombrado pelo poder moderador.
Observando de perto este panorama histórico conceitual, pude apreender algumas realidades que são próprias do meu tempo e do que sou convidado a refletir. Já vemos as palavras povo e cidadão começarem a fazer certo sentido. E a partir da proclamação da república até os dias de hoje, podemos notar um deslocamento de forças políticas e sociais que buscavam (e buscam) uma legitimação de seus governos a partir de instrumentos democráticos instituídos de forma constituída através da lei, através de uma constituição. Vemos o Estado Brasileiro nascer em suas Instituições: governamentais/administrativas, legislativas, judiciárias e entidades civis (aqui se encontra a atuação da Igreja); assumindo o desafio de lidar com as diferenças de seu povo, onde várias vozes que não se ouviam antes passaram a reivindicar seus interesses; as complexidades dos tempos globalizados começaram a aparecer - a necessidade do diálogo aumentou; as carências estruturais ainda persistem e a chegada de problemas contemporâneos (trabalho infantil e escravo, exploração da mulher, desrespeito as liberdades e expressões religiosas, educação, saúde, globalização, injustiça social aos excluídos, reforma política, corrupção, economia global); a liberdade para todos é ideal que cresce em processo lento de maturidade para a estabilidade sadia da sociedade; e o voto é meio de escolher nossos representantes e governantes.
A nossa República tem apenas 121 anos de existência e muito já aconteceu. Nestes dias votamos, nestes dias nos posicionamos como Igreja Católica, nestes dias buscamos espaços no mercado de trabalho, nestes dias estudamos em faculdades públicas, nestes dias ouvimos os pronunciamentos de outros líderes republicanos de outros países, nestes dias tivemos acesso as informações econômicas, políticas, sociais e culturais pelos meios de comunicação de massa, nestes dias utilizamos a internet, nestes dias nos divertimos no cinema, nestes dias viajamos para outro estado, etc. Portanto, O 15 de novembro é data que ecoa como fonte de renovação do nosso ânimo, identidade e responsabilidade cidadã.
Eu e você somos filhos da República Federativa do Brasil. Celebremos e pensemos o nosso país à luz de nossa própria história e através das possibilidades que nos são oferecidas pela nossa cultura de fé em Cristo Jesus, através da doutrina da Igreja. Interessante, que ser cristão rima com ser cidadão.
Muito ainda tem a ser feito.
Pense nisso!
Walisson Lopes
Brasília - DF

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