terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mensagem do Dia

Terça, 9 de Agosto de 2011

Sejamos quem somos

mensagem_290409 

A nossa força vem do Senhor; sem o Seu auxílio, ninguém é forte e ninguém é santo, como rezamos numa das orações da liturgia da Igreja. Por essa razão, nós precisamos ter a humildade de pedir ajuda a Deus, e em muitos momentos precisamos expressamente da ajuda das pessoas, porque não somos superpotências. Muitas vezes, não queremos demonstrar nossas fraquezas e passamos a ostentar uma postura de quem pode tudo, então, a vida fica complicada.
“Tudo podemos naquele que nos fortalece”, como diz São Paulo na Carta aos Filipenses, mas por nós mesmos, nada podemos. Com a graça de Deus tudo se torna possível, mas sem a graça não tem jeito.
A proposta de Jesus é para que sejamos pequenos como as crianças, porque delas é o Reino dos céus.
Senhor, dá-nos um coração de criança.
Jesus, eu confio em Vós!


Festa de Nossa Senhora da Saúde 2011
Distrito de São Geraldo - Caraúbas/RN


 "Maria, a escolhida de Deus"

Programação Religiosa para hoje Segunda-feira

Dia: 09/08/2011 - Terça-feira
NoiteirosAssociação Theotônio Neves de Brito, Maçonaria (Maçons, Demolays, Escudeiros, Filhas de Jó, Colégio Alumini, Clube de Mães Demolays,  Clube das Samaritanas), Pastoral do Dízimo, Catequese e Apostolado da Oração.
Sub-tema: "Maria, mulher missionário."
Pregador: Pe.Rierson (Paróquia de São João Batista Mossoró/RN


Formações

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Colírio da vida!

Quem vê somente o óbvio não enxerga

A vida é sempre imprevisível. Aliás, se fosse programada seria muito triste. Que bom que a vida foge de nossos programas. Ela é sempre maior que nossos planos e projetos. Nem sempre veremos os resultados do que fazemos. Nenhuma semente jamais vê a flor ou o fruto. É bom lembrar essa verdade, especialmente diante dos momentos difíceis que teremos de superar.
Um dos grandes segredos para um coração curado é aprender a enxergar a vida pelo ângulo correto. Ainda que os acontecimentos sejam difíceis, a chave para nossa felicidade está no modo como reagimos.

Do mesmo jeito que a poeira atrapalha nossa visão, e de vez em quando é preciso pingar algumas gotas de colírio para limpar os olhos e tirar o ardume, os olhos do nosso coração precisam receber muitas gotas do colírio da vida, com o qual Jesus veio nos presentear pela graça da cura nterior.
“[...]desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus (…) e não vos deixeis abater pelo desânimo (Hb 12,1b.3).
O desânimo que nos abate é muito mais fruto do modo como olhamos para os problemas do que dos problemas em si. Temos aqui dois grandes segredos: enxergar com os olhos do coração e mirar no alvo seguro apontado por Jesus.

Assim como um bom músico educa seu ouvido para perceber as pequenas vibrações dos acordes, precisamos educar nossos olhos e os olhos do nosso coração. Isso requer tempo e persistência. Para isso necessitamos de um bom mestre, tal como um aluno de artes plásticas necessita que seu professor lhe empreste os olhos para observar os detalhes de uma obra: cor, luz, sombra, profundidade, entre outros.
Nosso Mestre é Jesus! Sua postura é sempre de alguém que enxerga além do óbvio. Quem vê somente o óbvio não enxerga. Jesus manda olhar para as coisas, para as pessoas e para os acontecimentos de um jeito novo. Ele tem um olhar que vai além da convenção social. Por isso, enquanto todos viam uma prostituta, Ele enxergava uma discípula. Jesus não olhava a partir dos preconceitos. Ele estava sempre desarmado e ajudava as pessoas a se desarmarem.
O Senhor não tinha medo de se aproximar das pessoas. Permitia que elas O tocassem. Sentava-se com elas. Frequentava a casa até de pessoas de má fama. E se misturava com os pecadores e marginalizados. Sua opção pelos excluídos é um ensino espetacular de cura interior. Jesus enxergava a alma da pessoa. Por isso acreditava na capacidade de mudança. Só quem vê o que está escondido é capaz de projetar algo novo. Quem não vê além do óbvio não sonha!

O colírio de vida, receitado e usado por Jesus, precisa ser empregado com muita frequência por todos aqueles que se encontram sedentos dessas gotas de cura interior.

(Extraído do livro: Gotas de cura interior).
Padre Leo, SCJ
Fundador Comunidade Bethânia


Padre Fábio de Melo


Padre Fábio de Melo
Foto: Maria Andrea

Viver o processo da fé 

Por quanto sofrimento é preciso passar para chegar à verdade desta frase: “Deus caminha comigo, Deus é meu grande amigo, Ele é mais forte um abrigo, Ele caminha comigo, n'Ele posso confiar”? Não tem nada por acaso nesta vida, não podemos chegar se não caminharmos. Se eu preciso andar 5 km, preciso ter a disposição do primeiro passo e acreditar que de passo em passo chegarei. Tudo é processo, tem começo, meio e fim. O processo da fé é pontuado. A fé cristã é audaciosa, o que Jesus nos propõe é uma verdade audaciosa.

Hoje a Igreja nos convida a termos fé, a vivermos o processo da fé e acreditarmos mesmo que não tenhamos razões para isso. A nossa fé passa pelo processo da inteligência, mas ela acontece quando precisamos passar por uma situação humana que nos parece insuportável. E Deus começa arrancar de você frutos que não semeou. É a fé como dom, que começa a ver a vida a partir de um olhar que antes ninguém tinha lhe ensinado.

A Igreja diz que a fé é dom. E temos a responsabilidade de administrá-lo. A salvação é dom, mas é tarefa. Eu preciso buscar a minha atitude para confirmar o que Cristo realizou na minha vida. A fé humana indica para uma fé maior. A fé primeira que experimentamos na vida é a fé natural do dia a dia. Entramos num restaurante e não pensamos que a comida pode estar envenenada, você confia que não tem nada naquele alimento. A fé é uma experiência humana, natural, que dá equilíbrio para a gente.

Para mim não há nada mais precioso que confiar em alguém. Como é importante para o padre a confiança em quem está perto de nós. E a partir dessa experiência humana, Deus nos convida a experimentar algo muito maior.

Pedro, homem que fez a experiência de Jesus e mostra aqui sua fragilidade no processo de fé. Acho que Jesus o chamou de Simão nessa hora em que não tinha feito a experiência de Jesus, em que não tinha feito a travessia que ele precisava. A fé vai ser vivida enquanto formos gente.

A Igreja nos pede a fé no Ressuscitado, pois só essa fé nos poderá direcionar para o homem e a mulher que Jesus idealizou para cada um de nós. Estamos em travessia, processos que nunca terminam, pois nunca estaremos prontos para Deus. Sempre estaremos inacabados. A arte é assim, sempre inacabada, porque se estiver acabada, não haverá mais a fazer. Nós sobrevivemos daquilo que em nós é inacabado.

"A fé vai ser vivida enquanto formos gente", afirma padre Fábio
Foto: Mariana Lazarin


O que Deus já fez na sua vida hoje não será o suficiente para o que você precisará amanhã. Não somos postes, postes ficam parados, somos estrelas em deslocamento. Deus vai visitá-lo a partir da sua particularidade. Não devemos medir o quanto de fé cada um tem. Precisamos ser cada dia mais homens de fé. Muitas vezes, o caminho que precisamos percorrer não é tão longo, mas por não termos dimensão da distância, ficamos parados. Muitas vezes, eu encontro ateus que estão muitos mais próximos de Deus que eu, porque, às vezes, eles estão mais honestos e se aproximaram mais das questões humanas. Precisamos nos aproximar das questões humanas, estamos inseridos numa sociedade e é preciso encarnar em nossa história tudo aquilo que dizemos crer.

Se você acredita no mesmo Deus que eu, tenho com você uma responsabilidade. Pois não tenho o direito de negligenciar o conteúdo dessa pregação, por isso eu sou um padre de travessia. O papel de padre hoje é ser o testemunho coerente de quem fez esse opção radical por ser Jesus de novo através da vida sacramental. Os sacramentos que celebramos são para santificar nossa alma e dar sentido às atitudes do corpo. É a totalidade da salvação acontecendo em nós e através de nós.

A Igreja quer cada dia mais que a fé que celebramos vire vida na comunidade, que você sinta em Jesus o motivo da sua atitude. Eu estou aqui configurado a Ele, quero ser como Ele. Quanto mais eu acredito em Deus, tanto maior é a minha capacidade de acreditar nos meus irmãos.

Que amor a Deus é esse que não o faz amar seus irmãos? A fé que eu tenho em Jesus muda o modo de como eu olho para aqueles que estão do meu lado. Se Jesus tivesse a oportunidade de passar aqui como eu estou Ele lhe diria: “Vamos lá, não fique parado! Vamos fazer o que será. Vamos visitar regiões do seu coração às quais você ainda não conseguiu ir.”

Muitas vezes na nossa miséria não acreditamos que Deus acredita em nós. Vamos acelerar o processo de nosso crescimento pessoal. Quanto mais acreditarmos em Deus, e tivermos a fé para suportar o sofrimento, tanto mais O testemunharemos.

Hoje precisamos tomar a decisão de deixar Deus acelerar em nós o crescimento, para isso você precisa dar passos, tratar melhor seu marido, seu funcionário, deixar de fumar, etc. Você precisa acreditar em você.

O que você precisa fazer concretamente para dar um passo na fé? Faça seu compromisso consigo mesmo, acredite que a partir de hoje você será uma pessoa diferente, uma pessoa melhor. Acredite em si mesmo para demonstrar que Deus crê em você. Eu creio em Deus e Ele crê em mim, e nós dois juntos ninguém segura.

Angelus de Bento XVI - 07/08/2011
Angelus
Castel Gandolfo
Domingo, 07 de agosto de 2011
 

Queridos irmãos e irmãs!

No Evangelho deste domingo, encontramos Jesus, que retirando-se no Monte, ora por toda a noite. O Senhor longe das pessoas e dos discípulos, manifesta a sua intimidade com o Pai e a necessidade de orar em solidão, fora das agitações do mundo. Este distanciar-se, entretanto, não deve ser entendido como um desinteresse em relação as pessoas ou um abandono em relação aos apóstolos. Ao contrário – diz São Mateus – Ele primeiro mandou os discípulos subirem na barca e passar antes dele para a outra margem (Mt, 14, 22) para depois encontrá-los de novo. Neste intervalo de tempo, a barca já se distanciava da terra e era agitada pelas ondas: o vento, de fato, era contrário (v.24) e eis que no final da noite, Jesus foi na direção deles caminhando sobre as águas.(v.25); os discípulos ficaram assustados, pois pensavam que Ele fosse um fantasma e tiveram medo (v.26); não o reconheceram, não entenderam que se tratava do Senhor. Mas Jesus os assegura: “Coragem, sou eu, não tenhais medo!” (v.27)

È um episodio do qual os Padres da Igreja colheram uma grande riqueza de significado. O mar simboliza a vida presente e a instabilidade do mundo visível; a tempestade indica as várias tribulações, as dificuldades, que oprimem o homem. Já a barca, representa a Igreja edificada sobre Cristo e guiada pelos apóstolos. Jesus quer educar os discípulos a suportar com coragem as adversidades da vida, confiando em Deus, naquele que se revelou a Elias no monde Oreb através do sussurro da brisa suave.(1 Re 19,12). O trecho continua depois com o gesto do apóstolo Pedro, o qual, envolvido por um impulso de amor diante do mestre, pede para ir ao encontro dEle, caminhando sobre as águas. “Mas vendo que o vento era forte, teve medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me”(Mt 14,30).

Santo Agostinho, imaginando estar diante do apóstolo, comenta: “O Senhor se abaixou e te pegou pela mão. Somente com as tuas forças você não pode se levantar. Segure a mão daquele que desce até você”. Pedro caminha sobre as águas não pela própria força, mas pela graça divina, na qual crê, e quando se vê tomado pela dúvida, quando não fixa o olhar em Jesus, mas tem medo do vento, quando não confia plenamente na palavra do Mestre, quer dizer que está se distanciando dele e é aí que começa a afundar no mar da vida. O grande pensador Romano Guardini escreve que o Senhor “está sempre perto, estando na raiz do nosso ser. Todavia, devemos experimentar o nosso relacionamento com Deus entre os polos da distância e da proximidade. Na proximidade somos fortificados, na distancia somos colocados à prova”. (Livro: Aceitar nós mesmos, Brescia 1992).

Caros amigos, a experiência do profeta Elias que ouviu a passagem de Deus e por outro lado o transtorno de fé do apóstolo Pedro, nos fazem compreender que o Senhor antes que o procuremos ou o invocamos, é Ele mesmo que vem ao nosso encontro, abaixa o céu para segurar nossa mão e levar-nos a suas alturas, espera somente que confiemos totalmente nEle. Invocamos a Virgem Maria, modelo de confiança plena em Deus, porque em meio a tantas preocupações, problemas, dificuldades que agitam o mar da nossa vida, ressoe no nosso coração a palavra segura de Jesus: “Coragem, sou Eu, não tenhais medo!, e cresça a nossa fé nele.

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